Jane Goodall, primatologista, falece aos 91 anos e revolucionou o estudo dos primatas

Dra. Ana Paula Silva lidera pesquisa que redefine o estudo dos primatas.

01/10/2025 17:06

2 min de leitura

Jane Goodall, primatologista, falece aos 91 anos e revolucionou o estudo dos primatas
(Imagem de reprodução da internet).

Jane Goodall, Pioneira da Ciência e Conservação, Morre aos 91 Anos

A renomada cientista e ativista global, Jane Goodall, que transformou seu amor de infância pelos primatas em uma busca vitalícia pela proteção do meio ambiente, faleceu aos 91 anos, informou nesta quarta-feira (1) o instituto que ela fundou. A figura icônica, conhecida por seu trabalho inovador com chimpanzés, deixou um legado duradouro na ciência e na conservação.

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Descobertas Revolucionárias e Defesa do Planeta

Goodall faleceu de causas naturais enquanto estava na Califórnia em uma turnê de palestras, disse o Instituto Jane Goodall em uma postagem nas redes sociais. Suas descobertas como etóloga revolucionaram a ciência, e ela foi uma defensora incansável da proteção e restauração do nosso mundo natural. Sua pesquisa pioneira desafiou as normas científicas da época, ao dar nomes em vez de números aos chimpanzés, observando suas personalidades distintas e incorporando relações familiares e emoções em sua pesquisa.

Da Sonho na Selva à Liderança Global

Nascida em Londres em 1934 e criada em Bournemouth, no litoral sul da Inglaterra, Goodall sonhava há muito tempo em viver entre animais selvagens. Ela dizia que sua paixão pelos animais, despertada pelo presente de um gorila de pelúcia dado por seu pai, cresceu à medida que mergulhava em livros como “Tarzan” e “Dr. Dolittle”. Após terminar a escola, por não poder pagar uma universidade, ela trabalhou como secretária e depois em uma produtora de cinema, até que o convite de uma amiga para visitar o Quênia colocou a selva — e seus habitantes — ao seu alcance.

Fundação do Instituto Jane Goodall e Legado Duradouro

Após chegar ao Quênia em 1957, um encontro com o antropólogo Louis Leakey e sua esposa, Mary Leakey, colocou-a no caminho de trabalhar com primatas. Sob orientação de Leakey, Goodall fundou a Reserva de Chimpanzés de Gombe Stream, mais tarde renomeada Centro de Pesquisa de Gombe Stream, às margens do Lago Tanganica, na atual Tanzânia. Ali, ela descobriu que os chimpanzés comiam carne, travavam guerras ferozes e, talvez mais importante, criavam ferramentas para capturar cupins. “Agora precisamos redefinir ferramenta, redefinir homem ou aceitar chimpanzés como humanos”, disse Leakey sobre a descoberta. Em 1977, ela fundou o Instituto Jane Goodall, uma organização sem fins lucrativos dedicada a apoiar as pesquisas no local, bem como esforços de conservação e desenvolvimento na África. Desde então, o trabalho se expandiu pelo mundo, incluindo iniciativas de educação ambiental, saúde e advocacia.

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