Fed espera cortes de juros em dezembro, aponta James Bullard. Mercado aposta em crescimento e inflação em queda nos EUA.
Na última segunda-feira, o mercado de Wall Street encerrou o dia com ganhos, impulsionados pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed) realizará cortes de juros em dezembro. A probabilidade de um corte de 25 pontos-base foi estimada em 73,5%, enquanto a chance de manutenção na faixa atual de 3,75% a 4% era de 26,5%.
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Esse cenário reflete um otimismo entre os investidores, que antecipam uma desaceleração no ritmo de cortes de juros em 2026.
O mercado prevê um crescimento econômico ligeiramente superior para o próximo ano, embora o aumento no número de empregos permaneça modesto. A expectativa de inflação para o final de 2025 é de 2,9%, um valor abaixo da projeção de 3% de outubro, com previsão de queda para 2,6% em 2026.
James Bullard, ex-presidente do Federal Reserve Bank de St. Louis, expressou um otimismo cauteloso, destacando que a situação econômica dos EUA é considerada “em bom estado”. Ele acredita que a economia americana deverá observar um aumento acima da média no primeiro semestre de 2026.
Bullard ressaltou que apenas 10% da base de consumo dos EUA é impactada pelas taxas de juros. Além disso, a incidência desses impostos se distribui entre produtores, a rede de suporte logístico e os consumidores finais, o que reduz seu efeito no preço de consumo final.
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Ele enfatiza que o efeito das tarifas é um choque de nível de preço temporário, e não um processo contínuo de inflação.
Quanto ao mercado de trabalho, a expectativa é de crescimento modesto, em torno de 64 mil novos empregos por mês. Especialistas apontam que esse número é mais rápido do que o esperado para o final de 2025. A taxa de desemprego deve subir para 4,5% no início de 2026, permanecendo nesse patamar até o final do ano.
Bullard observou que houve debates sobre o baixo número de empregos adicionados mensalmente durante o verão nos EUA, em torno de 50 mil ou 30 mil, em comparação com os 150 mil considerados normais. No entanto, ele sugere que esse parâmetro já não se sustenta, devido a uma nova política de imigração que reduziu a imigração ilegal a “praticamente zero”.
Ele também afirmou que os mercados financeiros podem ainda não ter se ajustado a esse novo cenário de crescimento mais baixo no emprego, que anteriormente servia de justificativa para cortes de juros pelo Fed. “O mercado de trabalho americano está com níveis de desemprego próximos ao nível natural.
O índice de seguro-desemprego semanal tem se mantido baixo e estável, e outras medidas do mercado de trabalho são consideradas benignas”, conclui James Bullard.
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