Jair Bolsonaro passa por bloqueio do nervo frênico para controlar soluços. Intervenções são realizadas no Hospital DF Star, em Brasília.
O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por dois procedimentos de bloqueio do nervo frênico, uma intervenção que visa controlar crises persistentes de soluço. O nervo frênico é crucial, pois transmite comandos do cérebro ao diafragma, o principal músculo responsável pela respiração.
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As intervenções foram realizadas durante sua internação no Hospital DF Star, em Brasília, iniciada na véspera de Natal.
O radiologista intervencionista Bernard Giancristoforo explica que o diafragma desempenha um papel central na respiração, controlando a expansão e contração da cavidade torácica. Ele detalha que, ao inspirar, o diafragma se contrai, aumentando o espaço torácico e facilitando a entrada de ar nos pulmões.
O soluço, por sua vez, é um reflexo que pode ser desencadeado por estímulos que chegam ao cérebro, resultando em contrações rápidas e involuntárias do diafragma.
O bloqueio percutâneo do nervo frênico, realizado por radiologia intervencionista, envolve a inserção de uma agulha fina ao redor do nervo, seguida da injeção de um anestésico local. Este procedimento, frequentemente realizado sob sedação e anestesia local, tem como objetivo temporariamente interromper a condução do sinal nervoso, aliviando os soluços.
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O especialista Bernard Giancristoforo ressalta que o procedimento é minimamente invasivo, sem cortes amplos ou abertura do abdômen.
O coloproctologista Danilo Munhóz explica que, em casos persistentes de soluço, pode haver uma irritação contínua do circuito reflexo, levando a contrações involuntárias do diafragma. O bloqueio do nervo frênico é, nesse contexto, um procedimento temporário que visa silenciar a condução do estímulo que mantém os soluços refratários.
A intervenção é guiada por imagem, utilizando ultrassonografia e tomografia para localizar o nervo com precisão.
O neurocirurgião Pedro Henrique Cunha enfatiza que o bloqueio do nervo frênico tem como objetivo temporariamente interromper a condução do estímulo que mantém os soluços refratários. A intervenção é guiada por imagem, utilizando ultrassonografia e tomografia para localizar o nervo com precisão.
A equipe médica monitora a evolução clínica e respiratória do paciente após os procedimentos, avaliando possíveis riscos como alterações na mecânica respiratória, especialmente em pacientes com doenças pulmonares ou menor reserva respiratória.
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