Itaú BBA: Ajuste Fiscal de 4% do PIB Urgente para Controlar Dívida Brasileira

Economistas alertam para ajuste fiscal de 4% do PIB no Brasil para controlar dívida pública. Itaú BBA projeta risco de 85% da dívida em 2026.

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(Imagem de reprodução da internet).

Ajuste Fiscal Necessário para Controlar Dívida Pública no Brasil

Economistas do Itaú BBA estimam que um ajuste fiscal de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) da economia brasileira, equivalente a aproximadamente R$ 400 bilhões, é necessário para mitigar o patamar “preocupante” da dívida pública. Pedro Schneider, economista do banco, ressaltou que o desafio fiscal permanece significativo, com a necessidade de um ajuste de 4% do PIB devido à dinâmica da dívida bruta.

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As projeções do Itaú BBA indicam que a dívida bruta pode atingir 85% do PIB em 2026, impulsionada pelo aumento dos gastos e pela manutenção de créditos tributários. A previsão atual aponta para o encerramento do ano fiscal com a dívida em 79% do PIB.

Mario Mesquita, economista-chefe do braço de investimento do banco, enfatizou a magnitude do desafio, sugerindo que o ajuste ideal deveria ser implementado no início do próximo governo, aproveitando um período de maior capital político.

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Mesquita argumenta que, em situações de grande desafio fiscal, o momento mais oportuno para a implementação das medidas é quando o governo possui o máximo de apoio político. Ele acredita que o capital político de qualquer governo, independentemente de sua orientação ideológica, atinge o pico no início do mandato.

Para Mesquita, o ajuste fiscal necessário incluiria a revisão dos gastos com pensões, o fim da vinculação dos gastos com saúde e educação à receita e a redução dos créditos tributários para empresas. Ele considera essas medidas cruciais para que o Brasil retorne a um nível de investimento similar ao de países desenvolvidos.

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Mesquita acredita que a dívida pública não deve ultrapassar 80%, e idealmente deveria ser de 60%. Ele atribui o problema à falta de contenção do crescimento dos gastos e à necessidade de cortes nos gastos tributários.

O economista também alertou sobre a influência das estatais na dívida pública, reconhecendo que “sempre aparecem esqueletos no meio do caminho”, o que pode aumentar o déficit fiscal. O déficit das estatais é estimado em R$ 10 bilhões.

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