Itamaraty busca diálogo sério entre Lula e Trump para separar comércio e política

Luiz Figueira enfrenta pressão para selar acordo com Biden em diálogo franco e baseado em evidências.

01/10/2025 14:07

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Brazil's Foreign Minister Mauro Vieira speaks during a press conference on the second day of the BRICS Foreign Ministers meeting in Rio de Janeiro, Brazil, on April 29, 2025. Brazil, which chairs the 11-nation BRICS grouping that also includes Russia and China, called for closer cooperation Monday as the world deals with conflicts in Ukraine and Gaza and trade wars under US President Donald Trump. (Photo by Mauro PIMENTEL / AFP)
Brazil's Foreign Minister Mauro Vieira speaks during a press con...

Governo Lula Busca Diálogo com EUA, Priorizando Interesses Brasileiros

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enfatizou o compromisso do governo Luiz Inácio Lula da Silva em buscar uma solução mutuamente benéfica com os Estados Unidos, mantendo uma postura pragmática e focada na defesa dos interesses econômicos e comerciais do Brasil. O ministro ressaltou a importância de evitar confrontos desnecessários e de preservar as relações históricas entre os dois países, que remontam a mais de dois séculos.

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Vieira destacou a necessidade de um diálogo sério e consequente, baseado em dados concretos e na realidade dos fatos, para superar as medidas punitivas impostas pelos EUA, como o tarifário de 50%, que considera uma retaliação sem lastro na realidade comercial entre os países. O ministro enfatizou que o governo está atento à situação e buscará soluções que garantam a independência e a soberania do Brasil.

O chanceler criticou o tratamento bilateral das questões comerciais e de segurança por parte dos Estados Unidos, defendendo uma abordagem multilateral. Ele ressaltou que a recente guerra tarifária dos EUA representa um retrocesso em relação a um período anterior a 1947, e que o uso de tarifas como instrumento de pressão e sanção é uma violação da soberania nacional.

Vieira informou que o governo se reserva o direito de tomar medidas na Organização Mundial do Comércio (OMC), onde as consultas com os EUA estão congeladas. Ele também defendeu a análise de medidas previstas na lei de reciprocidade econômica, que visa equilibrar o tratamento entre os países.

O ministro reiterou que a nova lei de reciprocidade auxiliará na busca de soluções mutuamente satisfatórias para as questões econômico-comerciais envolvendo os Estados Unidos. Ele enfatizou que é legítimo que o Brasil utilize essa ferramenta para combater o tratamento unilateral das sanções impostas pelo governo norte-americano.

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