Não existem relatos confirmados de vítimas fatais ou feridos decorrentes dos ataques israelenses.
As forças israelenses entraram no espaço aéreo do Catar e bombardearam áreas residenciais de sua capital, Doha, na terça-feira (9). Israel afirmou que os ataques visavam negociadores do Hamas que debatiam a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, proposta pelos Estados Unidos.
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Ainda não há confirmação sobre mortos e feridos, mas colunas de fumaça eram visíveis sobre uma área onde estão localizadas embaixadas. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar declarou que o “ataque criminoso constitui uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais e uma séria ameaça à segurança dos catarianos e residentes do Catar”.
O Ministério afirma que as forças de segurança, a defesa civil e as autoridades competentes iniciaram imediatamente o atendimento ao incidente e adotaram as medidas necessárias para conter suas consequências, assegurando a segurança dos moradores e das áreas vizinhas. O Catar condena veementemente este ataque e confirma que não tolerará este comportamento israelense imprudente e a contínua perturbação da segurança regional, nem qualquer ato que vise sua segurança e soberania.
As investigações estão em curso no mais alto nível e mais informações serão divulgadas assim que estiverem disponíveis.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã criticou o ataque como uma “violação perigosa” do direito internacional, de acordo com a mídia iraniana.
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O Exército israelense justificou o ataque afirmando que “por anos, esses membros da liderança do Hamas conduziram as operações da organização terrorista, são diretamente responsáveis pelo massacre brutal de 7 de outubro e orquestraram e administraram a guerra contra o Estado de Israel”. Os EUA ainda não comentaram o ataque.
Na semana passada, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, determinou o início das negociações para a libertação de todos os reféns, alguns dias após o Hamas ter aprovado uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pelos mediadores (Egito, Catar e Estados Unidos).
De acordo com relatos palestinos, o acordo contempla a libertação progressiva de sequestrados durante um cessar-fogo preliminar de 60 dias, em contrapartida à soltura de presos palestinos detidos por Israel.
Netanyahu autorizou uma nova ofensiva militar com o objetivo de assumir o controle da Cidade de Gaza, que Israel considera um dos últimos bastiões do movimento islamista palestino.
Os ataques militares israelenses em Doha evidenciam a crescente campanha militar de Israel na região. Nas últimas semanas, Israel tem bombardeado Gaza, na Palestina, diuturnamente, e também realizado ataques regulares no Líbano, Síria e Iêmen. Na segunda-feira, um suposto drone israelense também visou uma frota humanitária com destino a Gaza, ancorada na Tunísia.
Fonte por: Brasil de Fato
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