Israel comemora morte de líder anti-Hamas em Gaza e atrai críticas

Israel lamenta morte de líder anti-Hamas, Abu Shabab, em Gaza. Incidente em Rafah gera controvérsia e acusações. Hamas denuncia “traidor” e nega responsabilidade

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A morte de Yasser Abu Shabab, um líder de um grupo anti-Hamas apoiado por Israel, em Gaza, pode representar um revés nos planos israelenses para a fase pós-guerra no território. Abu Shabab, chefe de uma milícia que controlava uma área em Rafah, no sul de Gaza, faleceu durante um incidente em que tentava mediar um conflito familiar em uma praça pública.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tentativas de Resgate e Controvérsia

Segundo fontes israelenses, Israel tentou levar Abu Shabab para um hospital no sul do país após a ocorrência. A situação gerou controvérsia, com o líder da milícia sendo considerado morto. Abu Shabab, com menos de 30 anos, estava expandindo sua influência no sul de Gaza, buscando criar uma área livre do controle do Hamas.

Hamas Condena e Rejeita Responsabilidade

O Hamas considerou Abu Shabab um “traidor” e, embora não tenha reivindicado explicitamente a responsabilidade por sua morte, o grupo palestino criticou a colaboração do líder com Israel. O Hamas elogiou aqueles que denunciaram Abu Shabab, acusando-os de “colaborarem” com a Ocupação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Rejeição da Autoria do Hamas

As Forças Populares, lideradas por Abu Shabab, negaram veementemente que o Hamas tenha sido responsável por sua morte, classificando o grupo como “fraco demais para eliminar o Líder Geral”. O grupo enfatizou que Abu Shabab não foi vítima de um ataque direto do Hamas.

Comemorações e Contexto da Ocupação

Imagens que circularam em grupos de mensagens em Gaza mostravam palestinos comemorando a morte de Abu Shabab, que coordenava gangues palestinas apoiadas por Israel. Esses grupos operavam em áreas controladas por Israel, e segundo Muhammad Shehada, especialista do Conselho Europeu de Relações Exteriores, realizavam ataques em território controlado pelo Hamas antes de recuar para a proteção do enclave.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Apoio Israelense e Críticas

Na ausência de um plano de governança pós-guerra para Gaza, Israel tem apoiado esses grupos armados, que ocuparam pequenos territórios em diferentes partes da Faixa. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou esses grupos como “uma coisa boa”, apesar das críticas de seus rivais políticos, que o acusavam de armar “o equivalente ao Estado Islâmico em Gaza”.

A operação de armamento desses grupos foi autorizada sem a aprovação do gabinete de segurança, conforme revelado por funcionários israelenses à CNN em junho.

Sair da versão mobile