As forças israelenses iniciaram na terça-feira (16) a fase principal de sua operação na cidade de Gaza, onde residem centenas de milhares de pessoas, e seguem em direção ao centro da localidade, informou um oficial militar. O comandante afirmou que a ofensiva principal em Gaza teve início na noite anterior, e que existem entre 2.000 e 3.000 terroristas do Hamas presentes. Ele acrescentou que as tropas estão avançando em direção ao centro da localidade, o maior núcleo urbano da Faixa de Gaza.
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O Exército iniciou a desativação da infraestrutura terrorista em Gaza, anunciou o porta-voz em árabe das Forças Armadas, Avichay Adraee, em comunicado nas redes sociais X. O porta-voz afirmou que Gaza é uma área de combate perigosa e alertou a população: “Permanecer na cidade os coloca em risco”. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou: “Iniciamos uma poderosa operação na Cidade de Gaza”, antes do início da sessão desta terça-feira de seu julgamento por corrupção, conforme reportado pelo jornal Yedioth Ahronot.
“Não sei quantos dias vamos aguentar. A situação aqui é catastrófica. Podemos morrer a qualquer momento”, disse à EFE um funcionário do Ministério da Saúde de Gaza, também refugiado na capital da Faixa de Gaza.
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Em conjunto com o movimento de tanques, Israel intensificou os bombardeios contra a cidade, utilizando mísseis, drones, artilharia e disparos de helicópteros.
Pelo menos 41 mortos foram registrados na Faixa de Gaza após a noite de ataques israelenses, que também se intensificaram no centro da região, ceifando a vida de quatro palestinos. Apenas na capital, Ramala, o Exército israelense causou a morte de 37 indivíduos. Em meados de agosto, a Cidade de Gaza contava com aproximadamente 1 milhão de pessoas, mas, desde que Israel anunciou sua intenção de invadir a capital e intensificou os bombardeios para forçar a saída da população, houve um deslocamento de seus cidadãos para o sul.
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Apesar do Exército israelense relatar que aproximadamente 350 mil indivíduos abandonaram a cidade de Gaza, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) revisou a estimativa para cerca de 142 mil na segunda-feira (15).
De acordo com a emissora qatariota “Al Jazeera”, com reportagens em Gaza, a razão reside no fato de que muitos dos que abandonam a cidade são obrigados a retornar devido à falta de espaço no sul.
Relatórios de direitos humanos da ONU, organizações internacionais e um número crescente de países consideram a ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, a partir de 7 de outubro de 2023, como genocídio, tendo causado a morte de aproximadamente 65 mil pessoas, incluindo mais de 19 mil crianças.
Com informações da AFP e EFE
Fonte por: Jovem Pan
