Forças de Defesa de Israel alertam: “Continuarão a aplicar acordo e responderão com firmeza a violações”.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificaram os ataques em diferentes áreas da Faixa de Gaza no domingo (19), resultando na morte de pelo menos 36 pessoas. Os bombardeios ocorreram em diversas zonas do enclave, em resposta a acusações de que o Hamas havia violado o cessar-fogo vigente, iniciado em 10 de outubro, após confrontos com milicianos palestinos que resultaram na morte de dois militares israelenses. A contagem de vítimas, realizada por jornalistas locais em parceria com necrotérios hospitalares até às 20h30 (14h30 de Brasília), indicou que a maioria das vítimas, 30, foram levadas para os hospitais Al Awda e Mártires de Al Aqsa, localizados no centro da Faixa de Gaza.
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Outros três corpos foram encaminhados para o hospital Shifa (norte) e três para o Nasser (sul). Os ataques mais graves ocorreram no centro de Gaza, especificamente em Deir al Balah, onde seis pessoas morreram em frente a um café. Em Nuseirat, foram registrados pelo menos três ataques fatais, incluindo um contra um edifício que servia como base da polícia de Gaza, resultando na morte de três pessoas, e outro contra tendas de deslocados na zona oeste, com seis mortos. Um terceiro bombardeio fatal ocorreu na residência da família Al-Baz, deixando um número indeterminado de vítimas.
Na área de Zuwaida, localizada no centro, um ataque atingiu um chalé utilizado pela Palestinian Media Production, uma empresa que trabalha para meios de comunicação internacionais, como a emissora catari “Al Jazeera”, para suas transmissões ao vivo. Morreram ali um técnico de transmissões ao vivo e Ammar Al Zaaneen, filho do jornalista Mohammed Al Zaaneen, segundo informou à Agência EFE um funcionário da empresa. Uma foto do local compartilhada nas redes sociais mostrava uma van com o logo da empresa, um tripé em pé e manchas de sangue.
No norte, foram registrados dois ataques com duas mortes em Jabalia, e um bombardeio matou uma mulher e duas crianças na zona costeira de Mawashi, onde muitos deslocados se refugiam em tendas de campanha. “Em Khan Yunis, assim como no centro e no norte, a ocupação israelense continua com sua estratégia de matar e atacar claramente civis na Faixa de Gaza”, denunciou o porta-voz da Defesa Civil no enclave, Mahmud Basal. Os ataques ocorreram após confrontos na manhã do dia em Rafah, sul de Gaza e controlada pelas FDI, que resultaram na morte de dois militares israelenses. Esses confrontos foram protagonizados por um grupo de combatentes, supostamente da polícia do governo de Gaza, vinculada ao Hamas, que abriram fogo contra os militares israelenses. Tanto o Hamas como seu braço armado negaram envolvimento na troca de tiros.
As forças israelenses classificaram a violação como “flagrante” do cessar-fogo e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ordenou uma “ação enérgica contra alvos terroristas” em Gaza. Após “dezenas” de ataques ao longo do dia, as FDI afirmaram ter “retomado a aplicação do cessar-fogo” na noite do dia, por indicação do governo israelense. Em um comunicado, indicou que “continuará aplicando o acordo de cessar-fogo e responderá com firmeza a qualquer violação do mesmo”.
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