Israel afirma estar inaugurando o “inferno” em Gaza ao lançar ataques em áreas densamente habitadas

O ministro da defesa israelense declarou que a violência tende a aumentar.

05/09/2025 18:47

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Israel afirma estar inaugurando o “inferno” em Gaza ao lançar ataques em áreas densamente habitadas
(Imagem de reprodução da internet).

O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou nesta sexta-feira (5) que a violência israelense contra palestinos em Gaza tende a aumentar. “As portas do inferno estão se abrindo agora”, afirmou Katz, em referência aos ataques das Forças de Ocupação Israelenses contra edifícios em Gaza.

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As forças israelenses ordenaram na manhã de sexta-feira a evacuação forçada da Torre Mushtaha, um edifício de 12 andares na parte oeste da Cidade de Gaza. O prédio, que foi atacado pelos israelenses posteriormente, já havia sido parcialmente destruído em bombardeios anteriores, mas ainda abrigava famílias deslocadas.

Diversas tendas improvisadas circundam o edifício, visto que a área é considerada um dos últimos refúgios para indivíduos que escapam dos bombardeios na periferia leste de Gaza.

Katz afirmou que a nova “fase militar” persistiria até que o Hamas concordasse com as exigências de Israel, que abrangem a libertação de todos os reféns e o desarmamento. “Quando a porta for aberta, não será fechada e a atividade se intensificará até que os assassinos e estupradores do Hamas aceitem as condições de Israel para o fim da guerra, ou serão destruídos”, escreveu ele no X.

A Rádio do Exército israelense confirmou que a Torre Mushtaha é um dos vários edifícios que serão atingidos nos próximos dias. O porta-voz militar Avichay Adraee afirmou que informações de inteligência indicavam que combatentes do Hamas estavam utilizando prédios altos como parte de sua estratégia de combate.

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Anúncios pagos no Google contestam a existência do genocídio.

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) pediu ao Google o cancelamento imediato de uma suposta campanha publicitária de US$ 45 milhões (quase R$ 250 milhões) que divulgava narrativas do governo israelense em suas plataformas durante o genocídio em Gaza.

O Google estabeleceu um acordo para promover conteúdo produzido pelo governo israelense, abrangendo material que nega a campanha israelense de fome e crimes contra a humanidade em Gaza, conforme reportado pelo Drop Site News.

É moralmente reprovável que o Google obtenha lucro com a disseminação deliberada de propaganda, considerando que o governo israelense está sob investigação por genocídio, afirmou Nihad Awad, Diretor Executivo Nacional do CAIR.

Empresas americanas não devem ser cúmplices em atos de massacre, destruição em massa, limpeza étnica e fome forçada – especialmente porque civis palestinos, incluindo crianças, continuam a sofrer e a morrer.

A ONU declarou em 22 de agosto passado estado de fome extrema em algumas áreas da Faixa de Gaza. Israel, por outro lado, alega que “não há fome” no território palestino e acusa o Hamas de apropriar-se da ajuda.

A Organização Mundial da Saúde solicitou a Israel interromper a “catástrofe” das mortes por fome em Gaza, onde garantiu que pelo menos 370 indivíduos faleceram por desnutrição desde o início das ações genocidas. Pelo menos 51 palestinos foram mortos por disparos israelenses desde o alvorecer, incluindo 36 na Cidade de Gaza e no norte da Faixa de Gaza, segundo relatos de hospitais. Desde o início do genocídio, em outubro de 2023, pelo menos 64.231 pessoas foram mortas e 161.583 feridas na região.

Fonte por: Brasil de Fato

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