A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) manifestou sua desaprovação à forma como o governo federal legalizou as apostas esportivas, conhecidas como “bets”. Durante um evento sobre a prevenção à lavagem de dinheiro, o presidente da entidade, Isaac Sidney, classificou a decisão como um “erro” do Estado, destacando o aumento da vulnerabilidade do sistema financeiro a atividades ilegais.
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Preocupações com a Vulnerabilidade Financeira
Sidney argumentou que, embora a abertura financeira seja positiva, ela veio acompanhada da proliferação de instituições financeiras vulneráveis. Ele ressaltou que as apostas esportivas ilegais representam uma fragilidade que exige combate direto e enérgico. “O Estado, na minha avaliação, errou ao legalizar os jogos, mas legalizou”, afirmou, enfatizando a necessidade de fortalecer os laços para diferenciar as operações legais das ilegais.
Operações Policiais e a Urgência da Cooperação
A preocupação com o uso do sistema financeiro para crimes foi reforçada pela menção a uma operação policial recente que teve como alvo empresas na região da Faria Lima, em São Paulo, associadas ao crime organizado. Segundo a reportagem, essa ação evidencia a urgência de uma maior integração entre o poder público e o setor privado para coibir a lavagem de dinheiro.
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Defesa da Parceria Público-Privada
Em agosto, o Ministério Público de São Paulo, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram as operações Carbono Oculto, Tanque e Quasar, que investigaram instituições financeiras e fundos de investimento suspeitos de serem usados para legalizar recursos de origem criminosa.
Reafirmação da Necessidade de Parceria
O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Ricardo Saadi, defendeu a união entre os setores público e privado. “É extremamente importante a parceria público-privada. O setor público sozinho não tem efetividade, o setor privado sozinho não tem efetividade. Se nós não trabalharmos juntos em parceria, nós não teremos sucesso”, pontuou.
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Contexto do Evento
As declarações foram feitas durante o 15º Congresso de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, promovido pela Febraban em São Paulo. O evento discutiu o uso da tecnologia para modernizar os mecanismos de controle e monitoramento no sistema financeiro.
