Irã enfrenta grave crise ambiental: secas, calor extremo e desafios climáticos. Secas severas e ondas de calor afetam Teerã e Isfahan. Busca por soluções, como semeamento de nuvens, preocupa por esgotamento de aquíferos. Críticas à resposta do governo e isolamento internacional
O Irã enfrenta uma grave crise ambiental, agravada pelas mudanças climáticas e pela má gestão. A situação é complexa, com secas severas, ondas de calor extremas, incêndios florestais e o colapso do solo em áreas como Teerã e Isfahan. A pressão sobre os recursos hídricos é intensa, levando a cortes no abastecimento e ao uso de técnicas como o semeamento de nuvens, que, a longo prazo, podem agravar o problema devido ao esgotamento dos aquíferos e ao aumento do risco de enchentes.
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A província de Mazandaran, por exemplo, tem sido palco de incêndios florestais de grande escala, impulsionados pelo calor e pela vegetação seca.
As temperaturas no Deserto de Lut, no leste do Irã, atingiram níveis extremos, com a NASA registrando a temperatura mais alta do planeta em 2023. Essa região, caracterizada por baixa umidade e calor intenso, é um dos principais motores da crise ambiental iraniana.
A má gestão do setor agrícola, combinada com um modelo de desenvolvimento insustentável, exacerbam os efeitos das mudanças climáticas. A dependência de combustíveis fósseis e as sanções internacionais também contribuem para a situação.
A vice-presidente do Irã, Shina Ansari, participou da COP30 em Belém, reconhecendo os riscos que o país enfrenta com as mudanças climáticas. Apesar disso, o Irã tem sido criticado por sua resposta à crise, com parlamentares acusando a dirigente de exceder o orçamento da delegação.
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Historicamente, o Irã tem apontado as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela Europa como um dos principais obstáculos para a implementação de medidas eficazes de combate às mudanças climáticas.
Em conferências anteriores, como COP29 e COP28, os delegados iranianos repetiram os mesmos argumentos, enfatizando o impacto das sanções e da guerra em Gaza. Em 2023, a delegação se retirou das negociações da COP28 devido à presença de autoridades israelenses.
Essa postura isola o Irã da comunidade internacional e dificulta a obtenção de apoio financeiro e tecnológico para enfrentar a crise ambiental.
O Irã ocupa uma posição de destaque no Índice de Desempenho Climático, sendo considerado um dos países com pior desempenho no combate às mudanças climáticas. A falta de um plano concreto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis representam desafios significativos para o futuro do país.
A situação exige ações urgentes e coordenadas para evitar o agravamento da crise ambiental e seus impactos na população e no meio ambiente.
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