IPCA Acelera em Novembro: Inflação Brasileira Dispara e Projeções são Ajustadas

IPCA acelera em novembro, mas desinflação persiste. Economista Costa aponta choque na energia e COP 30 como fatores. Projeções indicam controle da inflação

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(Imagem de reprodução da internet).

Inflação Brasileira Acelera em Novembro, Apesar de Tendência de Desinflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um avanço de 0,18% em novembro, um aumento em relação aos 0,09% observados em outubro. No cálculo acumulado em 12 meses, a inflação apresentou uma redução, passando de 4,68% para 4,46%, indicando uma continuidade da tendência de desinflação, mesmo com o aumento mensal.

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Segundo Leonardo Costa, economista do Autoridade Monetária Sustentável (ASA), o mês de novembro foi caracterizado por dois eventos que impactaram significativamente o índice. O primeiro deles foi a retomada do aumento nos custos da energia elétrica, que se opôs à deflação de outubro, que havia sido causada pela mudança da bandeira tarifária de energia elétrica, de vermelha 2 para vermelha 1.

O reajuste em novembro ocorreu devido a aumentos regionais regulares.

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O segundo choque identificado foi o impacto da Conferência de Política Monetária (COP 30), realizada em Belém, que resultou em um aumento expressivo nos preços de hospedagem na região metropolitana, com um salto de quase 180%. Esse fator exerceu pressão adicional sobre o grupo de Despesas Pessoais, de forma incomum.

Costa atribuiu a aceleração do índice a esses dois fatores. Ele ressaltou que a combinação de choques pontuais com elementos inflacionários benignos está alinhada com a expectativa de um resfriamento gradual da inflação no curto prazo.

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Apesar do avanço mensal, a alimentação no domicílio continuou em queda pela sexta vez consecutiva e os preços dos combustíveis também apresentaram recuo, refletindo a redução recente nos preços da gasolina nas distribuidoras. Essa dinâmica, juntamente com o câmbio mais baixo, contribui para o cenário favorável da inflação.

As projeções indicam que o IPCA deve se manter em 4,2% para 2025 e em 4,2% para 2026, demonstrando a continuidade da trajetória de controle da inflação.

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