Déficit nas Transações Correntes do Brasil Aumenta em Setembro
Em setembro de 2025, o Banco Central (BC) divulgou dados que apontam para um aumento no déficit nas transações correntes do Brasil. O saldo negativo foi de US$ 9,774 bilhões, em comparação com US$ 7,383 bilhões registrado no mesmo mês de 2024.
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Essa piora na comparação interanual é resultado de uma combinação de fatores, incluindo o recuo do superávit comercial e o aumento do déficit em renda primária.
Análise Detalhada das Contas Correntes
O recuo de US$ 2,2 bilhões no superávit comercial e o aumento de US$ 946 milhões no déficit em renda primária contribuíram para o resultado negativo. A conta de renda primária, que engloba juros e lucros, apresentou um aumento significativo, enquanto o déficit em serviços também se manteve elevado, atingindo US$ 4,904 bilhões, em comparação com US$ 5,544 bilhões no mesmo período do ano anterior.
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Investimentos e Financiamento Externo
Apesar do cenário negativo nas transações correntes, o país recebeu um fluxo robusto de investimentos diretos no país (IDP), que somou US$ 10,671 bilhões em setembro, um aumento expressivo em relação aos US$ 3,861 bilhões registrados no mesmo mês de 2024.
Esse IDP é considerado a melhor forma de financiamento para cobrir o déficit nas transações correntes, pois envolve investimentos de longo prazo no setor produtivo.
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Reservas Internacionais e Outras Contas
O estoque de reservas internacionais do país atingiu US$ 356,582 bilhões em setembro, um aumento de US$ 5,815 bilhões em comparação com o mês anterior. Além disso, houve um resultado positivo na conta de renda secundária, que somou US$ 441 milhões, e um fluxo positivo em investimentos em carteira no mercado doméstico, com entradas líquidas de US$ 4,429 bilhões.
Conclusão
Apesar do cenário desafiador nas transações correntes, o país continua a receber investimentos de longo prazo e a acumular reservas internacionais, o que contribui para a estabilidade financeira. O BC monitora de perto a situação e busca estratégias para mitigar os impactos do déficit externo.
