Investimento para filho: como ter R$ 1 milhão aos 18 anos? Renda fixa é ideal?

Investimentos em renda fixa se mostram uma excelente opção para iniciantes no mercado financeiro.

12/10/2025 6:06

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Investimento para filho: como ter R$ 1 milhão aos 18 anos? Renda fixa é ideal?
(Imagem de reprodução da internet).

Planejamento Financeiro para o Futuro dos Filhos

Pensar no futuro dos filhos é um exercício quase diário para os pais. Faculdade, cursos extras, intercâmbio, primeiro imóvel, carro — são inúmeros os objetivos de longo prazo que uma família deseja alcançar. Para isso, é necessário planejamento financeiro. E existem duas dicas valiosas para conseguir juntar uma quantia significativa: começar cedo e ter disciplina.

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“Mesmo que o valor do aporte pareça pequeno, o tempo ajuda o dinheiro a crescer através dos juros compostos. Além disso, pesquisar produtos de investimento adequados e manter uma rotina de contribuições ajuda a alcançar esses objetivos”, aponta Nayra Sombra, planejadora financeira CFP pela Planejar.

Neste caso, como as metas têm custos elevados, como um intercâmbio, que pode custar cerca de R$ 30 mil, ou uma faculdade que pode chegar a R$ 120 mil, é preciso uma meta mais ambiciosa. Um levantamento da Planejar simulou quanto, como e onde seria necessário investir para alcançar o primeiro milhão em 18 anos.

Segundo o levantamento de Carlos Castro, planejador financeiro CFP pela Planejar, foram descontados taxas anuais de cada tipo de investimento e o Imposto de Renda (IR) calculado para cada ativo (na maioria, em 15%, com exceção dos isentos) para encontrar a rentabilidade líquida anual e mensal.

A exemplo, para juntar R$ 1 milhão em 18 anos investindo na caderneta de poupança, com uma rentabilidade líquida anual de 7,27% e mensal de 0,59%, seria necessário um aporte mensal de R$ 2.311,66 (o maior aporte encontrado). Já na outra ponta, o menor aporte seria de R$ 1.485,69 ao investir no Tesouro Pré-Fixado em 13,60%, com uma rentabilidade líquida anual de 11,56% e de 0,92% mensal.

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Para alcançar essas grandes quantias, a melhor estratégia, segundo aponta a especialista, é diversificar os investimentos. Mas não existe uma solução única: cada pessoa tem um perfil de risco, objetivos e prazos diferentes.

Sombra diz que uma combinação inteligente de produtos pode incluir a renda fixa, como CDBs e títulos públicos do Tesouro Direto, que oferecem segurança e rendimentos previsíveis. Um título como a NTN-B, que está atrelada à inflação, também ajuda a proteger o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo.

Para quem aceita assumir um pouco mais de risco em busca de rentabilidade maior, a renda variável, como ações e fundos imobiliários, pode fazer parte da carteira. Nesse caso, é importante ter uma visão de longo prazo e contar com o acompanhamento de um profissional para tomar decisões mais embasadas. Assim, aumentam-se as chances de alcançar valores mais elevados, aproveitando o crescimento do mercado ao longo dos anos.

Outro recurso financeiro bastante valorizado é a previdência privada. Ela incentiva a disciplina nos aportes mensais, já que os investimentos são realizados de forma automática e recorrente.

Entre seus benefícios, destaca-se a ausência de prazo de vencimento e a incidência do imposto de renda apenas no momento do resgate, o que pode representar uma vantagem estratégica. Além disso, a previdência oferece portabilidade, permitindo transferir o saldo entre diferentes planos, gestores ou instituições sem interromper a continuidade do investimento.

Cuidado com as armadilhas. Antes de investir em qualquer produto, é necessário cuidado. Uma grande armadilha é não entender bem no que se está investindo. “Muitas pessoas entram em produtos que parecem seguros, mas que podem não oferecer uma boa rentabilidade ou até perder valor ao longo do tempo”, comenta Sombra.

A especialista acrescenta: “Elas se deixam levar por promessas de ganhos rápidos, que na verdade são armadilhas para golpes ou investimentos ilegais”.

Outro problema frequente é a falta de constância. Mesmo com boas aplicações, interromper as contribuições ou trocar de plano com frequência pode comprometer o resultado no futuro. Por isso, vale dedicar tempo para pesquisar, compreender bem o produto e contar com a orientação de um profissional de confiança antes de investir.

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