A recente e significativa alta no mercado acionário brasileiro, com um acúmulo de 53% em dólares, gerou uma reação de cautela entre os investidores nacionais. Um relatório do BTG Pactual, grupo controlador da revista EXAME, aponta para um movimento crescente de venda de ações e redução de posições após o período de valorização.
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Desconforto e Avaliação
O principal fator de preocupação é o nível de valorização, que tem levado a um certo desconforto. No entanto, 42% dos gestores de investimento ainda consideram que as ações listadas na bolsa brasileira estão avaliadas como “justas” ou “razoavelmente baratas”.
Essa visão contrasta com a análise do BTG Pactual.
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Análise do BTG Pactual
O BTG Pactual mantém a perspectiva de atratividade do mercado brasileiro. Excluindo o índice de Preço/Lucro projetado, que se encontra em 10,4 vezes – um desvio padrão abaixo da média histórica de 11,9x –, e o prêmio de risco das ações, em 2,4%, também abaixo da média de longo prazo, o banco acredita que o mercado ainda oferece oportunidades.
Impacto da Selic e Projeções
A expectativa de cortes na taxa Selic pelo Banco Central, com um primeiro ajuste de 0,25 ponto percentual em janeiro de 2026, é vista como um fator positivo para a valorização dos ativos. O BTG Pactual projeta uma redução acumulada de 3 pontos na Selic.
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Setores Beneficiados
As projeções indicam que setores específicos podem se beneficiar. A Localiza (RENT3) pode ter um aumento de lucro de 7,2% com a redução da Selic, enquanto as construtoras (Cyrela e Direcional) devem crescer 1,7%. Além desses, setores como varejo, locação de veículos, energia e concessões rodoviárias também devem apresentar um bom desempenho.
Desempenho da Temporada de Balanços
A temporada de balanços do terceiro trimestre de 2025 apresentou resultados mistos. O setor de agronegócio e alimentos e bebidas teve o desempenho mais fraco, enquanto o setor bancário viu o Banco do Brasil pressionado e o Itaú reportou um crescimento de 11% no lucro líquido.
