Inventário da Inundação será apresentado na Casa de Cultura de Porto Alegre nesta quinta-feira (4)
Através de crônicas, vídeos e palestras, a exposição oferece um relato tocante das inundações de 2024 no Rio Grande do Sul.

À medida que as águas de maio de 2024 avançavam e vitimavam todo o estado do Rio Grande do Sul, a população assistia atônita ao desenrolar dos acontecimentos que marcariam para sempre suas vidas. Surgiram livros, escritos, pinturas, músicas, danças, teatros e grafites. Tudo para ressignificar tamanha dor e perplexidade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Nora Prado, fundamentalmente artista de teatro, ainda que escritora e poeta, dedicou-se a registrar essas angústias em crônicas diárias, que agora são apresentadas ao público como o Inventário da Inundação. Um projeto em colaboração com sua mãe, Zorávia Bettiol.
A exposição instalar-se-á na Galeria Augusto Meyer, do Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi), na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre (RS). A exposição tem estreia prevista para esta quinta-feira (4) e estará disponível para visitação gratuita até 12 de outubro. Posteriormente, prosseguirá para a inauguração da Galeria Zoravia Bettiol, em 25 de outubro, no bairro Ipanema da Capital.
Mãe, filha e o clima extremo.
Através de 28 crônicas de Nora Prado, com ilustrações de Zoravia Bettiol, a exposição apresenta um relato doloroso e delicado que reflete a angústia e o desespero enfrentadas pelas populações afetadas pelas inundações em diversos graus. Em uma narrativa que enfatiza a perspectiva humanista e solidária, esses textos se mostram fortes em sua crítica política e social, além de serem um registro autêntico dos eventos climáticos extremos.
As obras, em desenho a lápis de cor e nanquim, destacam os aspectos trágicos da catástrofe, sem negligenciar a resiliência e a resistência do povo gaúcho e de todos os brasileiros que ofereceram apoio e solidariedade. Esses desenhos primam pela qualidade imagética da artista e sua extensa trajetória como cidadã engajada com o destino histórico de seus conterrâneos. Sensibilidade e transcendência conferem a tonalidade da mensagem por trás de cada imagem.
LEIA TAMBÉM:
● Paula Lima lança Festival Mistura Geral com homenagem ao soul-funk de Rita Lee em Brasília
● A La Brasa Lunera disponibiliza cursos de candombe afro-uruguaio em Porto Alegre
● Celebração do Festival de Cinema Ambiental começa nesta quinta-feira (4) com programação gratuita na Chapada Diamantina
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na exposição, as memórias de Nora estarão em conjunto com as obras de Zoravia Bettiol, mãe e filha, duas gerações marcadas por um evento histórico que permanecerá em suas lembranças. A exposição incluirá uma videoarte produzida por Oito e Meio Filmes, por Natalia Pimentel e por Frederico Restori, além de um livro, que será publicado com as crônicas e obras. Todas as atividades são abertas e gratuitas, com encontros e palestras para estudantes e para a população em geral.
Testemunhos sobre as enchentes.
O levantamento da inundação oferece um relato delicado dos eventos e do sofrimento de uma comunidade. Uma ocorrência documentada com sensibilidade que será útil para pesquisas futuras nas redes sociais e em páginas específicas do projeto na internet.
A equipe do projeto reflete que se trata de uma oportunidade de abordar, por meio da arte, as questões do mundo contemporâneo, incentivando um novo modo de pensar e de analisar a paisagem nacional e global, com o objetivo de promover uma transformação e cuidado com o meio ambiente.
Serviço
Exposição, relatos, vídeoarte, seminários.
Abertura: 4 de setembro (quinta-feira) às 18h
Validade: até 12 de outubro de 2025
Rua dos Andradas, 736 – 3º andar, Galeria Augusto Meyer, Casa de Cultura Mario Quintana.
Em outubro
Abertura: 25 de outubro às 16h
Visitação: até 11 de janeiro de 2026
Galeria Zoravia Bettiol – Rua Paradiso Biacchi, 109 – Ipanema – Porto Alegre/RS
Fonte por: Brasil de Fato