Inteligência emocional é crucial para evitar conflitos no trabalho, que geram prejuízos de 28,5 bilhões de libras anualmente. Aprender a lidar com tensões fortalece vínculos e a produtividade
Um comentário inadequado em uma reunião, um e-mail com cópia desnecessária e um silêncio constrangedor podem parecer detalhes insignificantes no ambiente de trabalho. No entanto, os conflitos no trabalho raramente começam com explosões e frequentemente resultam em projetos paralisados, desconfiança e perdas de oportunidades.
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De acordo com a Acas, órgão de relações trabalhistas do Reino Unido, esses conflitos internos geram custos de aproximadamente 28,5 bilhões de libras por ano para as empresas, afetando quase 10 milhões de trabalhadores.
É fundamental reconhecer e gerenciar esses conflitos com empatia, estratégia e discernimento. Os conflitos revelam muito sobre uma equipe, frequentemente refletindo a proteção de elementos como tempo, status, autonomia ou identidade. Quando esses elementos são ameaçados, o conflito surge como uma reação natural.
Sinais sutis, nem sempre óbvios, podem indicar um conflito iminente, como braços cruzados, respostas ríspidas, falta de retorno ou reuniões tensas. Muitas vezes, o que parece mal-humor é o medo de perder espaço, de não ser ouvido ou de não ser valorizado.
Quando não bem gerenciados, esses ruídos se acumulam, impactando negativamente a produtividade, atrasando entregas e até mesmo afetando equipes talentosas. Um exemplo é um time que gastou tempo excessivo debatendo o tom de e-mails internos, em vez de finalizar o produto.
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Desenvolver a inteligência emocional é uma prática acessível. Profissionais podem adotar ações simples no dia a dia, como usar linguagem pessoal (“Eu me senti…”) para evitar ataques, regular a temperatura emocional (“Estou em um 7 de 10”) e perguntar ao outro, traduzir ataques em necessidades (por exemplo, “controle” significa “previsibilidade”) e dar tempo para a conversa acontecer, estabelecendo um tempo para o debate e para a decisão, além de fechar com acordos claros, definindo quem faz o quê e até quando.
Retomar conversas difíceis com humildade, como dizer “Fui ríspido antes. Me importo com isso e deixei isso vazar”, fortalece vínculos e inspira o mesmo comportamento nos colegas. Um conflito bem gerido se transforma em capital social.
Profissionais que aprendem a lidar com tensões de forma construtiva são mais respeitados, mais escutados e mais lembrados. Lidar com conflitos não é evitar o embate a todo custo, mas sim saber como atravessá-lo sem destruir relações. Essa habilidade, somada à escuta ativa e à clareza nas intenções, forma a base da aplicada ao ambiente de trabalho.
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