O influenciador digital Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira (15) em Carapicuíba (SP), na região da Grande São Paulo, junto com o marido, Israel Nata Vicente. Ambos estão sob investigação por suspeita de exploração e exposição de crianças e adolescentes em conteúdos de natureza sexual divulgados nas redes sociais.
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As práticas haviam ganhado destaque após a publicação de um vídeo com denúncias feito pelo Youtuber Felca, mas as investigações estavam em andamento desde 2024. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) apuram denúncias de festas com adolescentes regadas a álcool e um possível esquema de emancipação desses indivíduos em troca de vantagens para as famílias.
A ordem de prisão foi emitida pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux (PB). A decisão judicial aponta “fortes indícios” de crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil artístico irregular, produção de vídeos com divulgação em plataformas digitais e constrangimento de crianças e adolescentes.
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A promotoria destaca a necessidade do combate efetivo ao tráfico humano em âmbito estadual, pois se trata de uma grave violação de direitos que, embora frequentemente menos evidente que o transnacional, causa impactos profundos nas comunidades locais.
As investigações são conduzidas com rigor técnico, contudo, vazamentos de informações sigilosas geram prejuízos ao processo. A entidade também aponta as consequências dos crimes em apuração.
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Frequentemente, as vítimas – provenientes de situações de vulnerabilidade socioeconômica – são atraídas, transportadas e exploradas dentro dos limites do próprio estado, seja para fins de exploração sexual, trabalho análogo à escravidão ou outras modalidades de servidão.
A defesa do influenciador ainda não se manifestou até o momento. Em comunicado anterior, divulgado na quinta-feira (14), o advogado de Hytalo declarou que “nega veementemente qualquer acusação de exploração de menores” e assegura não ter atuado para impedir as investigações.
Antes da prisão, o Judiciário já determinou o bloqueio do acesso de Hytalo Santos às redes sociais e a desmonetização de conteúdos produzidos por ele. Além disso, foi proibido o contato do influenciador com os adolescentes envolvidos nos processos.
Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, incluindo telefones celulares e computadores, em locais associados ao influenciador. O MPT já analisou mais de 50 vídeos e coletou mais de 15 depoimentos. A operação que culminou na prisão de Hytalo Santos envolveu a colaboração do MPPB, MPT, Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, além da Polícia Rodoviária Federal.
Fonte por: Brasil de Fato