Inep desmente vazamentos em Enem e explica polêmica sobre questões do Pará

Inep desmente vazamentos em Enem e explica similaridades em questões do Pará. Investigação segue com Edcley.

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(Imagem de reprodução da internet).

Enem: Inep Desmente Vazamentos e Explica Banco de Questões

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se manifestou sobre as recentes polêmicas envolvendo o banco de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O presidente do instituto, Manuel Palacios, negou que tenha ocorrido vazamento da prova, afirmando que as questões semelhantes se devem a temas abordados, e não a questões antecipadas.

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Palacios declarou à CNN Brasil que “não houve nenhum vazamento da prova do Enem, ninguém viu as questões que caíram na prova. O que há são itens semelhantes”. A declaração veio após novas suspeitas surgirem sobre questões que supostamente foram antecipadas na edição de 2025, especificamente em relação a exames realizados no Pará, durante a COP30.

Análise Técnica do Inep

A equipe técnica do Inep avaliou cinco questões do Enem Pará, apontadas pela Folha de S.Paulo como tendo sido antecipadas, e concluiu que “elas têm pouquíssima semelhança”. A análise indicou que o problema reside no tema abordado, e não na questão em si, e que a avaliação não justifica qualquer providência por parte do Inep.

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Pré-Testes e Banco de Questões

Palacios explicou que os pré-testes do Enem são etapas cruciais para avaliar a dificuldade e adequação das questões antes de utilizá-las nas provas oficiais. Destacou que, nos últimos três anos, o instituto pre-testou aproximadamente 4 mil itens, sendo que apenas uma pequena porcentagem é utilizada nas provas. Apesar do grande número de itens pre-testados, a utilização é limitada para evitar que os estudantes memorizem as questões.

Importância do Pré-Teste para a Comparabilidade

O presidente do Inep enfatizou que o pré-teste é fundamental para garantir a validade e a comparabilidade do Enem. “Sem pré-teste, não consigo comparar resultados do Enem de duas aplicações diferentes”, afirmou. Palacios ressaltou que o procedimento é necessário para que provas diferentes tenham o mesmo nível de dificuldade e possam ser comparadas de forma justa, assegurando equidade entre candidatos de diferentes regiões. “Sem isso, não conseguimos dizer que a nota do Pará vale o mesmo que da aplicação no restante do país.”

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Polêmica em Lives e Mentoria

Apesar das explicações, a polêmica persiste com a anulação de três questões do Enem aplicado em todo o país em novembro, devido a suspeitas de similaridade com questões antecipadas. A investigação policial em curso, envolvendo o estudante Edcley, que divulgou suas análises em lives e mentorias, busca apurar possíveis irregularidades.

Palacios confirmou que a investigação continua em curso.

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