Inep afirma: não há anulação de questões do Enem 2025 – Edcley Teixeira investigado

Inep afirma: não há anulação de questões do Enem 2025. Investigação aponta para uso indevido de questões por Edcley Teixeira.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclareceu nesta terça-feira (25) que não há previsão de anulação de outras questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025. A informação foi divulgada em resposta a uma solicitação da CNN Brasil, após a identificação de que pelo menos duas questões aplicadas no exame já haviam sido compartilhadas em março, oito meses antes da prova, através de um grupo de WhatsApp utilizado como mentoria pelo estudante Edcley Teixeira, que está sendo investigado por antecipar itens do Enem.

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Avaliação Técnica do Inep

A avaliação técnica da autarquia indica que a memorização parcial e aleatória de questões em pré-testes, comum nos anos anteriores, não compromete a integridade do exame. Essa prática é utilizada para avaliar a qualidade das questões antes da aplicação oficial do Enem.

Questões Compartilhadas em Grupo de WhatsApp

Uma das questões compartilhadas por Edcley no grupo de WhatsApp, datada de 14 de março, tratava de um problema envolvendo a diluição de uma solução de cloro. O enunciado apresentava uma solução com 99,95% de cloro e água, e questionava o volume de água pura necessário para reduzir a concentração a 99,90%.

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A resposta correta, identificada no Enem, era 5 ml.

Outra Questão Compartilhada

Além da questão sobre a diluição, Edcley também compartilhou uma questão de probabilidade envolvendo o lançamento de dados. O enunciado era idêntico ao aplicado no Enem 2025, com a mesma estrutura e valores. A alternativa correta, conforme o Inep, era 125/216.

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Investigação e Denúncia

A inclusão dessas questões, somada a outras polêmicas envolvendo Edcley, gerou investigações pelo Inep. O estudante foi descoberto por ter divulgado questões quase idênticas às do exame em uma live no YouTube. Ele admitiu ter utilizado questões de um prêmio universitário como pré-testes, formando um banco de itens para aulas e mentorias, e posteriormente comercializando parte desse conteúdo.

Posição da Polícia Federal

A Polícia Federal foi questionada sobre a inclusão das duas novas questões no inquérito e sobre a integração das mensagens ao material obtido. Em nota, a PF informou que não se manifestará sobre investigações em andamento.

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