Recuperação Industrial Atinge Limites com Queda de Faturamento
O setor industrial brasileiro apresentou uma retração no faturamento em outubro, registrando uma queda de 2,7% em relação a setembro. Essa é a terceira vez consecutiva que o indicador desce, conforme dados divulgados nesta terça-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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O resultado acumulado em 2025, até outubro, aponta para um crescimento de 1,2%, indicando um ritmo mais lento na recuperação do setor.
Segundo Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a indústria tem observado uma diminuição mais acentuada na procura por seus produtos nos últimos meses. Essa tendência, segundo ele, exige atenção e medidas para mitigar os impactos negativos no desempenho da produção.
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Crescimento no Emprego Industrial Contudo, com Queda em Indicadores Salariais
Apesar da queda no faturamento, o emprego na indústria apresentou um crescimento de 1,9% no acumulado de 2025, até outubro, quando comparado ao mesmo período de 2024. Os dados da CNI revelam que essa alta ocorre em um cenário de declínio em outros indicadores importantes, como a massa salarial e o rendimento médio dos trabalhadores da indústria.
A massa salarial e o rendimento médio dos trabalhadores da indústria registraram uma redução de 0,5% e 0,3% em outubro, respectivamente. Essa é a quarta queda consecutiva para ambos os indicadores. No acumulado do ano, a massa salarial recua 2,4%, e o rendimento médio cede 4,2%.
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Aumento nas Horas Trabalhadas e Leve Aumento na Utilização da Capacidade
Em outubro, houve um aumento de 0,4% nas horas trabalhadas em relação a setembro, representando a segunda alta consecutiva. No entanto, a utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou apenas 0,1 ponto porcentual, passando de 78,3% para 78,4%.
O acumulado do ano mostra um crescimento de 1,1% nas horas trabalhadas, enquanto a utilização da capacidade instalada permanece em 78,4%. Esses dados refletem a complexidade do cenário industrial atual, com sinais de pressão sobre a força de trabalho e desafios na otimização da capacidade produtiva.
