Índice Ibovespa atinge pico recorde; dólar encerra em R$ 5,41 com dados de emprego nos EUA desfavoráveis

O Ibovespa fechou na sexta-feira com alta de 1,17%, em 142.640 pontos; o dólar encerra a semana em leve desvalorização após cair 3,19% em agosto.

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SP - VENDA-ELETROBRAS-PONTUAÇÃO-BOLSA-SÃO-PAULO - GERAL - A Brasil Bolsa Balcão B3 (antiga BM&FBovespa) em São Paulo (SP), opera em forte alta chegando a superar o patamar de 70 mil pontos, na manhã desta terça-feira (22). Desde janeiro de 2011 que a bolsa de valores não superava os 70 mil pontos. Após o governo anunciar o plano para vender o controle da Eletrobras as ações da mesma subiram quase 50%. 22/08/2017 - Foto: ROGéRIO DE SANTIS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Ibovespa atingiu um novo patamar histórico, fechando em 142 mil pontos pela primeira vez, e também uma nova máxima diária de 143.408,64 pontos. O suporte ao risco foi impulsionado na B3 devido à fraca geração de empregos nos Estados Unidos em agosto, o que mantém em aberto a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) realize um corte nas taxas de juros americanos ainda este mês. Com alta de 1,17% nesta sexta-feira, aos 142.640,14 pontos, o Ibovespa acumulou avanço de 0,86% nesta primeira semana de setembro, que corresponde ao mesmo progresso em relação à máxima histórica de encerramento da sexta-feira anterior.

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Foi a quinta semana seguida de desempenho positivo para o Índice de referência da B3. No ano, o Ibovespa registra alta de 18,59%. O giro financeiro nesta sexta-feira atingiu R$ 21,8 bilhões. Com exceção da Petrobras (ON -2,26%, PN -1,51%), que apresentou queda superior a 2% nos contratos futuros de petróleo antes da reunião da Opep+ neste fim de semana, a sessão foi positiva para os principais papéis da Bolsa, com destaque para os bancos, em especial a recuperação do Banco do Brasil (ON +3,57%) nesta sexta-feira, que reduziu as perdas do título na semana a 1,12%. O Bradesco subiu mais de 2% na ON e na PN, e o Santander, 3,55% na Unit, nesta sexta-feira. O Itaú PN avançou 1,11% na sessão, mas cedeu 0,29% na semana.

Magazine Luiza (+7,17%), Ultrapar (+6,59%) e CVC (+4,23%) lideraram o Ibovespa na sessão. Petrobras ON, Brava (-3,42%) e Prio (-2,06%) apresentaram desempenho negativo, influenciado pelo mercado de petróleo. Vale ON, principal ação da carteira Ibovespa, subiu 0,92%.

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A Vale atingiu, em sua terceira alta consecutiva e moderada, a marca de R$ 56,22, o maior patamar desde abril, antes da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China, que levou o valor de mercado da mineradora ao patamar de R$ 223,7 bilhões, correspondente ao piso de 2020.

Dólar americano

O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira (5), em queda consistente, embora não atingindo as mínimas observadas pela manhã, quando ultrapassou a marca de R$ 5,40. A desvalorização do dólar ocorreu após o relatório de emprego (payroll) indicar o enfraquecimento do mercado de trabalho nos EUA, impulsionando especulações sobre um corte de juros mais drástico pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) até o final do ano. A redução das perdas ao longo da tarde acompanhou o comportamento do dólar no exterior, em linha com a postura mais prudente de um membro do Fed. Operadores consideraram que ajustes diários e a desvalorização do petróleo acima de 2% podem ter contribuído para que a taxa de câmbio voltasse a ficar acima de R$ 5,40. Com pelo menos R$ 5,3826, o dólar fechou em queda de 0,63%, a R$ 5,4124. Devido a esta variação nesta sexta-feira, a moeda termina a semana em leve baixa (0,18%), após ter caído 3,19% em agosto. No ano, as perdas são de 12,42% em relação ao real, que apresenta o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas no período.

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Lá fora, o Índice DXY — que mede o desempenho do dólar americano em relação a uma cesta de seis moedas fortes — caiu cerca de 0,60% no final da tarde, em 97,770 pontos, após mínima de 97,430 pontos pela manhã. O DXY fechou a semana com recuo de cerca de 0,10% e, no ano, perde mais de 9,80%.

Em agosto, foram gerados 22 mil empregos nos EUA. Os números de julho foram revisados para cima, de 73 mil para 79 mil. Já o resultado de junho passou de criação de 14 mil vagas para eliminação de 13 mil postos de trabalho.

A publicação do relatório foi adiada devido a problemas técnicos, de acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA. O ocorrido reacendeu dúvidas sobre possíveis tentativas de influência da administração Trump na elaboração do documento, considerando que o presidente dos EUA demitiu a chefe de estatísticas do departamento, Erika McEntarfer, após um baixo resultado de julho.

A ferramenta de monitoramento do Chicago Mercantile Exchange (CME Group) indica o aumento das apostas por um corte de 50 pontos-base em setembro, com probabilidades ligeiramente superiores a 10%. A expectativa de queda acumulada de 75 pontos-base até o final do ano subiu de cerca de 50% para mais de 65%. Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carol Santos

Fonte por: Jovem Pan

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