Um complexo residencial em Hong Kong, o Wang Fuk Court, localizado no distrito de Tai Po, sofreu um incêndio devastador. Até esta quinta-feira (27), o balanço provisório aponta para 55 mortos, 68 feridos hospitalizados – 16 em estado crítico e 25 em situação grave, e 279 desaparecidos.

O incêndio atingiu sete dos oito edifícios de 31 andares do complexo, sendo considerado o pior incêndio desse tipo na história recente da cidade.

Propagação Rápida do Fogo

O fogo iniciou-se em um dos edifícios e se espalhou com extrema velocidade, impulsionado por andaimes de bambu revestidos com materiais como telas de segurança, lonas impermeáveis e placas de poliestireno expandido, utilizados em obras de renovação exterior iniciadas em julho de 2024.

Em apenas 43 minutos, o fogo escalou para o quarto e quinto andares, um nível de emergência raramente ativado em Hong Kong.

Investigação e Acusações

As autoridades consideram a velocidade de propagação do fogo como “inusual” e investigam o uso de materiais inflamáveis, como o poliestireno expandido, que facilitaram a rápida expansão das chamas. A polícia deteve dois diretores e um consultor de engenharia da empresa responsável pelas obras, acusados de homicídio culposo.

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A investigação continua, com a busca por informações sobre a origem do incêndio.

Resposta e Ajuda Internacional

O Departamento de Bombeiros mobilizou 1.250 efetivos, 304 veículos de emergência, 26 equipes especializadas e quatro drones para vigilância aérea. Há risco de colapso parcial dos andaimes, e o pessoal está extremando a precaução. Empresas como a Fundação Jack Ma, Alibaba e Ant Group comprometeram 60 milhões de dólares de Hong Kong para apoiar as famílias afetadas e os serviços de resgate.

Outras empresas, como BYD, NetEase, Trip.com, ByteDance e Didi, também doaram 10 milhões de dólares de Hong Kong.

Medidas e Próximos Passos

O chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, classificou a tragédia como uma “catástrofe maciça” e suspendeu os atos de campanha para as eleições ao Conselho Legislativo de 7 de dezembro. Ele ordenou inspeções imediatas em todas as urbanizações de Hong Kong em obras para verificar a segurança dos andaimes e dos materiais empregados.

A onda de solidariedade se multiplicou com anúncios de ajuda do setor privado.