Inadimplência atinge recorde histórico no Brasil em outubro de 2025

Indicador da Serasa Experian aponta recorde de 8,7 milhões de empresas inadimplentes em outubro/2025. Dívida total atinge R$ 204,8 bilhões.

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(Imagem de reprodução da internet).

Em outubro de 2025, o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou um recorde na série histórica iniciada em março de 2016, com 8,7 milhões de companhias brasileiras em situação de inadimplência. O valor total das dívidas em atraso atingiu R$ 204,8 bilhões, conforme dados compartilhados exclusivamente com o Broadcast.

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Segmentação do Indicador

O indicador, detalhado por unidade federativa, porte e setor empresarial, mapeou a quantidade de empresas com compromissos não pagos no último dia do mês. A economista Camila Abdelmalack, da Serasa Experian, destacou que a redução na concessão de crédito tem dificultado a capacidade das empresas de renegociar dívidas e reorganizar suas obrigações financeiras, intensificando a pressão sobre o fluxo de caixa.

Dados sobre Dívidas e Contas em Atraso

Em outubro de 2025, a dívida média das empresas inadimplentes foi de R$ 23.658,74. Cada empresa em atraso possuía, em média, 7,1 contas em atraso, com um ticket médio por compromisso vencido de R$ 3.329,5. A maior parte das empresas inadimplentes (8,2 milhões) eram Micro, Pequenas e Médias empresas, representando 56,8 milhões de dívidas e um volume de R$ 184,6 bilhões em inadimplência.

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Distribuição por Setor e Região

O setor de Serviços concentrou 32,2% das negativações, seguido por Bancos e Cartões (19,3%). Geograficamente, o Sudeste liderou com mais de 4,6 milhões de CNPJs inadimplentes, seguido pelo Sul (1,4 milhão) e Nordeste (1,3 milhão). Os estados do Centro-Oeste (755 mil) e Norte (516 mil) apresentaram os menores volumes de empresas em situação de inadimplência.

Desafios Econômicos e Impacto

Camila Abdelmalack ressaltou que as Micro, Pequenas e Médias Empresas são mais vulneráveis aos impactos de juros altos e incertezas internacionais. Empresas maiores possuem maior capacidade de honrar suas dívidas, apesar das dificuldades impostas pelo cenário econômico brasileiro.

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