Pesquisadores aprimoram visão em pacientes com DMRI! Nova tecnologia com microchip na retina e óculos inteligentes mostra 81% de melhora na leitura
Uma nova tecnologia, combinando um microchip implantado sob a retina e óculos inteligentes, demonstrou resultados promissores no tratamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) avançada. Um estudo realizado por pesquisadores de cinco países revelou que 81% dos voluntários apresentaram melhora na capacidade de leitura após 12 meses de acompanhamento.
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A pesquisa, publicada em outubro, destaca o potencial dessa inovação na oftalmologia.
A tecnologia utiliza um implante fotovoltaico posicionado sob a retina, enquanto uma câmera integrada aos óculos inteligentes capta imagens e as transforma em feixes de luz infravermelha. Este chip converte a luz em estímulos elétricos, simulando a função da retina saudável, enviando sinais visuais ao cérebro.
Do total de 32 voluntários que completaram o estudo, 27 tiveram avanços no teste de leitura. Os pacientes conseguiram ler de cinco a 12 linhas menores do que o que conseguiam antes do implante do microchip. Essa melhora se traduz na capacidade de decodificar os estímulos luminosos, mesmo em condições de baixa visão.
A cirurgia para implante do microchip, de 2 milímetros, é complexa, semelhante a procedimentos já realizados para tratar hemorragias ou transplantes de epitélio pigmentar. Durante o estudo, foram registrados 26 eventos adversos graves em 19 participantes, principalmente relacionados ao aumento de pressão no olho e pequenas hemorragias nas primeiras semanas.
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Nenhum caso resultou em perda total de visão ou risco sistêmico.
A DMRI é a principal causa de cegueira irreversível no mundo, devido à destruição progressiva das células receptoras de luz na retina, afetando especialmente a mácula, responsável pela visão central. A doença se manifesta em formas seca e úmida.
A forma seca, mais comum, carece de terapias eficazes, enquanto a úmida, tratada com injeções intraoculares, apenas controla a progressão da doença.
Os pesquisadores continuam a desenvolver protótipos com maior nitidez e planejam aumentar o número de voluntários. Apesar do avanço, a recuperação da visão plena ainda não é o objetivo, mas a tecnologia representa um passo importante no desenvolvimento de soluções para a DMRI.
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