IML identifica 100 vítimas da Operação Contenção; laudos e acesso famílias em foco

IML identifica 100 vítimas da operação Contenção; laudos completos em 10-15 dias. Famílias cobram nomes e acesso aos corpos. MP acompanha perícia no IML.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou a identificação de 100 dos 121 indivíduos falecidos durante a operação Contenção. Cada corpo passou por necropsia, um exame minucioso que determina a causa e as circunstâncias da morte.

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No entanto, a divulgação completa dos laudos está prevista para um período de 10 a 15 dias úteis.

De acordo com informações divulgadas por deputados federais e estaduais, que realizaram uma diligência no IML da capital em 30 de outubro de 2025, 60 corpos foram liberados para serem destinados a sepultamentos ou cremações.

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Solicitação de Dados e Defesa do Acesso

Os parlamentares solicitaram a apresentação de uma lista com os nomes de todos os indivíduos identificados. Segundo o deputado federal (Psol-RJ), a direção do IML informou que essa responsabilidade recai sobre a Secretaria de Polícia Civil. “A ausência de divulgação imediata sugere a falta de autorização do Secretário de Polícia Civil,” declarou.

Justificativas e Preocupações Familiares

Uma das justificativas apresentadas para a demora na divulgação é que a operação fazia parte de uma investigação, o que impedia a identificação dos mortos. No entanto, os deputados questionaram a pré-caracterização dos indivíduos e a falta de acesso das famílias aos corpos antes do recolhimento pelas funerárias.

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Direitos Constitucionais e Acompanhamento do MP

A deputada federal (PC do B-RJ) destacou a história de um casal cujo filho foi decapitado, e a impossibilidade de contato com o corpo. Ela enfatizou que o acesso é um direito constitucional, e que a demora agrava o sofrimento das famílias.

Intervenção do Ministério Público

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) realizou uma perícia independente no IML Afrânio Peixoto, em 30 de outubro de 2025, acompanhada por uma equipe técnica de 8 profissionais e um promotor de Justiça. A ação foi realizada em cumprimento às determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do STF.

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