Iga Swiatek denuncia calendário da WTA e avalia fim de torneios obrigatórios
Médicos alertam: excesso de jogos no tênis coloca saúde em risco, segundo ranking mundial.

Iga Swiatek Alerta Sobre o Excesso de Competições no Tênis
A tenista polonesa Iga Swiatek, atualmente a número 2 do mundo, reacendeu o debate sobre a intensidade do calendário no tênis profissional. Em declarações recentes, a campeã de seis Grand Slams expressou sua preocupação com a duração excessiva e a alta demanda da temporada, argumentando que essa situação representa um risco para sua saúde física e mental.
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Swiatek considerou a possibilidade de reduzir sua agenda competitiva, mesmo que isso implique em abrir mão de torneios obrigatórios, buscando preservar sua condição física e evitar o esgotamento. A tenista destacou que a fadiga entre as atletas de elite tem sido notável, especialmente durante a “gira asiática”.
A situação ganhou força com o incidente no China Open, onde cinco jogadoras – Lois Boisson, Zheng Qinwen, Lorenzo Musetti e Jakub Mensik – e Camila Osorio precisaram interromper ou abandonar seus jogos devido a lesões. A pressão sobre as atletas é evidente, com a temporada se estendendo por mais de 11 meses.
Reações e Ajustes no Calendário
A Organização da WTA (Women’s Tennis Association) respondeu à preocupação de Swiatek, afirmando que o bem-estar das atletas é sua prioridade. A entidade anunciou ajustes no calendário de 2024, buscando aumentar a previsibilidade para as principais jogadoras e oferecer mais oportunidades para talentos emergentes.
Além disso, a WTA anunciou um investimento de US$ 400 milhões na premiação total nos próximos dez anos, visando impulsionar o crescimento do tênis feminino. No entanto, as críticas persistem, com a Associação de Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA) questionando as práticas das entidades reguladoras.
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Críticas e Ações da PTPA
A PTPA entrou com uma ação contra a WTA e outros órgãos do tênis, acusando-os de práticas anticompetitivas e de descaso com a saúde dos atletas. A associação argumenta que o calendário atual é excessivamente exigente e prejudicial para a carreira das jogadoras.
A WTA classificou a ação da PTPA como “infundada” e defendeu sua atuação em prol do desenvolvimento do tênis feminino, ressaltando os esforços para equilibrar a demanda da temporada e oferecer melhores condições para as atletas.
Investimentos e Futuro do Tênis Feminino
Apesar das controvérsias, a WTA tem demonstrado compromisso com o crescimento do tênis feminino, anunciando investimentos significativos na premiação e buscando ajustar o calendário para atender às necessidades das atletas de elite. O futuro do esporte feminino dependerá do equilíbrio entre a competitividade e o bem-estar das jogadoras.