Conflito no Iêmen Agrava-se com Declaração de Estado de Emergência

O Iêmen enfrenta uma escalada significativa em seu conflito interno, com o governo decretando estado de emergência nesta terça-feira (30). A medida ocorre em resposta ao avanço de formações separatistas, intensificando uma longa e complexa guerra que envolve diversas potências regionais, incluindo Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

O país, o mais pobre da Península Arábica, está em guerra desde 2014, com um confronto entre o governo, uma aliança de grupos que inclui forças separatistas, e os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã. A situação se agravou em 2015, com a intervenção de uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, buscando apoiar as autoridades iemenitas.

Uma trégua estabelecida em 2022 foi brevemente respeitada, mas uma nova frente se abriu no início de dezembro, quando uma força separatista, apoiada pelos Emirados Árabes Unidos, conquistou áreas significativas do sul do território. Essa força, conhecida como Conselho de Transição do Sul (CTS), busca reviver o antigo Iêmen do Sul.

Tensões Diplomáticas e Ações Militares

A Arábia Saudita acusou os Emirados Árabes Unidos de armar os separatistas, classificando essa ação como uma “ameaça” à segurança e à estabilidade da região. A Chancelaria saudita expressou sérias preocupações sobre a situação, exigindo a retirada das forças embaixadas.

Após um chamado semelhante das autoridades iemenitas, a Arábia Saudita impôs um estado de emergência de 90 dias em todo o território. Essa medida foi motivada por um ataque a um carregamento de armas destinado aos separatistas, que ocorreu no porto de Al Mukalla.

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Impacto Humanitário e Reações Internacionais

O ataque ao porto causou destruição e pânico. Moradores relataram que janelas foram quebradas e crianças foram aterrorizadas. A situação humanitária no Iêmen, já crítica, é ainda mais ameaçada.

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, instou à moderação, evitando tomar partido entre os envolvidos. A escalada do conflito no Iêmen representa um desafio para a comunidade internacional, dada a complexidade do cenário político e humanitário.