Empresa filipina defende que formato bifásico da Antaq é essencial para garantir competição em Santos.
A International Container Terminal Services Inc. (ICTSI), uma empresa filipina com atuação global no setor portuário, formalizou uma manifestação no Ministério Público Federal junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU). O objetivo da ação é defender as restrições impostas no leilão do megaterminal de contêineres STS-10, promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A ICTSI argumenta que o formato do leilão, que limita a participação de empresas já instaladas no Porto de Santos na primeira fase, é legal, eficiente e o único capaz de garantir uma concorrência efetiva no maior porto do Brasil. A empresa destaca que a concentração de mercado em Santos é alarmante, com Maersk, MSC e CMA-CGM controlando mais de 65% da movimentação de contêineres no porto.
A ICTSI alega que a proposta de um leilão aberto a todas as empresas criaria uma “falsa isonomia”, favorecendo os grupos dominantes e afastando novos investidores. A empresa teme que Maersk e MSC, sócias no terminal BTP, pudessem coordenar seus lances e exercer direito de preferência mútuo, aumentando o risco de colusão e de um monopólio verticalizado em Santos.
Para fortalecer sua argumentação, a ICTSI anexou à manifestação um parecer jurídico do professor de direito Carlos Ari Sundfeld, da Fundação Getulio Vargas (FGV). O especialista defende a legalidade e a proporcionalidade do modelo adotado pela Antaq, citando o leilão do 5G como um precedente regulatório que respalda a discricionariedade técnica de agências para criar condições que estimulem a entrada de novos competidores.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!