Ibovespa Fecha em Alta e Quebra Recordes em 2025
O mercado acionário brasileiro encerrou o ano de 2025 com um desempenho notável, registrando uma alta de 0,4%, fechando aos 161.125,37 pontos. Esse resultado consolidou um ano de ganhos, com o índice acumulando um ganho de 1,29% em dezembro e um impressionante 33,95% ao longo de todo o ano.
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O desempenho superou o registrado em 2016, quando o Ibovespa avançou 38,93%, tornando-se o melhor ano desde então.
A alta do Ibovespa foi impulsionada principalmente por recursos estrangeiros, que injetaram capital no mercado brasileiro. As negociações retomaram apenas na sexta-feira (2) após um período de baixa liquidez, com o volume financeiro somando apenas R$ 16 bilhões.
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As ações brasileiras se beneficiaram de um movimento de rotação global de recursos, em um ambiente de flexibilização da política monetária norte-americana e perspectivas de cortes de juros no Brasil em 2026.
Durante o pregão de fechamento, a atenção dos investidores se concentrou nos dados de emprego e nas contas públicas do Brasil, além da ata da última reunião do Federal Reserve (Banco Central dos EUA). A divulgação da ata, marcada por divergências entre os membros do comitê, refletiu a cautela em relação aos riscos da economia americana.
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A alta do dólar no exterior também contribuiu para o desempenho positivo do real.
Ações em Destaque no Encerramento do Ano
Diversas ações se destacaram no fechamento do ano de 2025. A ação da Itaú Unibanco PN subiu 0,65%, seguida pelo Bradesco PN (0,16%), Banco do Brasil ON (0,92%), Santander Brasil (2,1%) e BTG Pactual (0,51%). No entanto, a Vale ON apresentou um decréscimo de 0,22%, influenciada pela queda dos futuros do minério de ferro na China.
A Petrobras PN avançou 0,29%, impulsionada pela aprovação de um novo acordo coletivo após o fim de uma greve dos petroleiros da Bacia de Campos.
A Natura ON, por outro lado, registrou uma queda de 10,13% em dezembro, refletindo perdas significativas acumuladas ao longo do ano. A Embraer ON também teve um desempenho negativo, após registrar máximas históricas na semana anterior.
Câmbio e Perspectivas para 2026
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caiu 1,26%, a R$ 5,5030 na venda. A formação da Ptax, utilizada como referência para a liquidação de contratos futuros, também influenciou o movimento da moeda. Especialistas preveem um cenário de regulação no mercado no início de 2026, com uma possível queda do dólar frente ao real, mas alertam para o impacto do cenário político no país.
“É um ajuste. A alta de segunda-feira não se sustentava, era fruto de uma liquidez reduzida que acaba permitindo algumas distorções mais agudas no intradia”, disse Fernando Bergallo, diretor da assessoria FB Capital. Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, previu que o cenário político terá maior peso sobre o real em 2026.
