Ibovespa quebra recordes e investidores esperam “rally” de fim de ano

Ibovespa bate recordes! Índice da B3 ultrapassa 150 mil pontos, com potencial de valorização. Analistas apontam P/L abaixo da média histórica

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(Imagem de reprodução da internet).

Ibovespa Alcança Novos Recordes em Novembro

A Ibovespa iniciou o mês de novembro com otimismo. Na segunda-feira, 3 de novembro, o principal índice da B3 atingiu novos recordes diários e de fechamento, ultrapassando a marca de 150 mil pontos. O índice registra um aumento superior a 25% em 2025 e já supera recordes de fechamento de 21 anos.

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No entanto, questiona-se se as ações brasileiras, agora em níveis elevados, se tornaram excessivamente caras. Agentes de mercado respondem que não.

Análise do P/L para Avaliar a Valorização

Ainda há espaço para valorização, e as ações continuam consideradas baratas, afirmam. Para medir se o índice está valorizando, analistas examinam a relação preço-lucro (P/L), que indica quantas vezes o preço da ação é equivalente aos lucros anuais das empresas indexadas.

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Segundo dados da Bloomberg compilados sob solicitação do EXAME, o P/L atual da Ibovespa é de 10,3 vezes, abaixo da média histórica de 13,92 vezes dos últimos 10 anos.

Comparativo com Outros Mercados Emergentes

Para comparação, o número foi de 38,86 vezes em 2020, 7,21 vezes em 2021, 5,76 vezes em 2022, 9,46 vezes em 2023 e 9,08 vezes em 2024, de acordo com a consultoria. O Brasil é o segundo mercado mais barato entre os emergentes, atrás apenas da Turquia, segundo uma pesquisa da Nest Asset Management.

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Relação com Mercados Globais

Enquanto o Brasil e a Turquia negociam perto de 10 vezes os lucros futuros, México, Argentina e China estão mais próximos de 15 vezes, e Austrália e Índia estão acima de 20 vezes. Isso significa que, em relação aos pares globais, o investidor ainda encontra oportunidades nas ações brasileiras, e há potencial de valorização se os mercados internacionais mantiverem um desempenho positivo.

Desempenho em Dólares

Em dólares, a Ibovespa aumentou 40,24% este ano, acima da média de 33,63% dos mercados emergentes. Segundo Luis Castro da Fonseca, fellow fundador da Nest Asset, o desenvolvimento futuro dependerá do cenário internacional, que já não é tão barato. “Olhando para o final do ano, acreditamos que o Brasil deve continuar seguindo a tendência dos mercados globais e, em particular, dos emergentes.

Se esses mercados continuarem com bom desempenho, o Brasil também deve.

Tendências Históricas

“Os mercados no exterior não são supercaros, portanto, não é tão certo que eles continuem a ter um bom desempenho neste último trimestre”, avalia Fonseca. Segundo o gestor, o que está trabalhando a favor da Ibovespa é que, historicamente, o último trimestre do ano tem recebido feedback positivo no mercado global. “Se você olhar para o S&P 500, nos últimos 10 anos, a única vez em que o terceiro trimestre foi negativo foi em 2018”, ele lembra.

Expectativas de Rally de Fim de Ano

O desempenho da Ibovespa também está reacendendo uma antiga expectativa entre os investidores do famoso “rally de fim de ano”. Tradicional nos mercados, a tendência de alta, que geralmente encerra o calendário com lucros, esteve ausente em 2024, mas está de volta ao radar com uma nova fase de otimismo em relação às ações. “As ações poderiam facilmente subir mais, algo como 10-20% em dólares, sem se tornarem caras. É difícil prever se isso aconteceria até o final do ano ou no início do próximo ano, mas se o cenário global permanecer positivo, esse movimento pode acontecer”, diz Fonseca.

Estimativas de Final de Ano

Analistas não são de uma opinião unânime sobre a força de uma possível alta entre novembro e dezembro, mas há aqueles que estimam que os índices terminarão 2025 na linha de 155 mil a 150 mil pontos.

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