ASA projeta Ibovespa em 300 mil pontos em 2026 com mudanças econômicas. Head Rogério Freitas cita 2026 como evento crucial para projeção do índice
O head de investimentos do ASA, Rogério Freitas, apresentou uma projeção otimista para o Ibovespa, estimando que o índice poderia alcançar 300 mil pontos se o Brasil implementar mudanças significativas na política econômica a partir de 2026. Essa projeção representa um aumento de quase o dobro da pontuação atual, que nesta terça-feira, 2, atingiu 161 mil pontos.
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Freitas ressaltou que essa meta é condicionada a uma série de fatores, incluindo a disposição da sociedade brasileira em debater reformas e ajustes fiscais no próximo ciclo eleitoral. A instituição acredita que a redução da taxa de juros reais, atualmente em 15% ao ano, para um nível entre cinco e seis pontos percentuais, seria fundamental para impulsionar o mercado.
A análise do ASA considera a eleição presidencial de 2026 como um “evento binário”, ou seja, um ponto de inflexão com grande impacto nas projeções. A instituição avalia que uma mudança na política econômica, combinada com o crescimento do gasto público e a implementação de reformas, poderia levar o Ibovespa a atingir os 300 mil pontos em um ou dois anos.
Freitas enfatizou que a projeção é uma “projeção probabilística”, dependendo do resultado da eleição presidencial de 2026. A instituição considera que a disputa entre o atual governo e uma possível candidatura de oposição, vista como de direita, torna difícil uma tomada de posição estrutural até que as probabilidades se tornem mais claras.
No curto prazo, do fim de 2025 ao primeiro semestre de 2026, o executivo da ASA avalia que o cenário econômico continuará a ser influenciado por um processo de “repressão financeira” nos países desenvolvidos, com juros reais baixos ou negativos, que podem atrair investidores para mercados emergentes como o Brasil.
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Em um cenário de balanço entre risco e retorno, o portfólio da ASA aposta em ativos de longa duração, como a NTN-B (Tesouro IPCA+) e a bolsa, justamente pela possibilidade de uma queda estrutural do juro real. A instituição adota uma abordagem probabilística, analisando as chances de diferentes cenários se concretizarem.
Freitas ressaltou que a ASA não possui uma “bola de cristal” e que sua análise se baseia na probabilidade de diferentes cenários se desenvolverem.
Apesar da projeção otimista, a ASA reconhece que a continuidade da política econômica atual, sem reformas e ajustes fiscais, não resultará em perdas severas, principalmente devido ao ambiente externo favorável aos emergentes.
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