Ibovespa interrompe alta, registra estabilidade com leve queda; cenário internacional e dados econômicos internos pressionam mercado. Dificuldades no mercado de trabalho e expectativa de corte de juros pelo Fed influenciam investidores
O Ibovespa, principal índice da B3, apresentou um desempenho misto nesta sessão, interrompendo uma sequência de três dias positivos. O fechamento ocorreu praticamente estável, com uma leve queda de 0,12%, aos 158.359 pontos. Essa oscilação reflete a pressão exercida no mercado, impulsionada por fatores como o cenário internacional e dados econômicos internos.
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A volatilidade do mercado foi influenciada por um contexto de baixa liquidez, com volume de negociação inferior à média dos pregões anteriores. Essa característica, combinada com o recuo nas negociações devido a eventos externos, contribuiu para a cautela dos investidores e para a depreciação do índice.
Um destaque da sessão foi a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apresentou um saldo de 85,1 mil vagas criadas, o pior resultado para o mês desde o início da coleta desses dados. Essa informação gerou preocupações sobre o aquecimento da economia e impulsionou a expectativa de uma possível redução das taxas de juros.
Economistas, como Fabio Louzada, co-fundador da Faculdade Brasileira de Negócios e Finanças (FBNF), apontaram que a situação do mercado de trabalho pode influenciar a decisão do Banco Central (BC) em relação à política monetária. A expectativa é que o BC monitore de perto os dados econômicos antes de tomar qualquer decisão.
O desempenho do Ibovespa contrastou com o otimismo observado nas bolsas asiáticas, onde a expectativa de um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) impulsionou os índices. O Nikkei, do Japão, subiu 1,23%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, ganhou 0,7%.
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No mercado de câmbio, o dólar americano avançou 0,32% e foi cotado a R$ 5,352, rompendo com a valorização do real em dias anteriores. A baixa liquidez do mercado também contribuiu para a cautela e limitou a busca por ativos de risco, pressionando a moeda brasileira.
As bolsas da Europa também encerraram em leve alta as negociações nesta quinta-feira. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,12% e o DAX, da Alemanha, encerrou com avanço de 0,18%. O FTSE 100, referência do Reino Unido, fechou praticamente estável, com leve alta de 0,02%, assim como o CAC 40, da França, que ganhou 0,04%.
O desempenho das bolsas asiáticas e europeias demonstra a diversidade do cenário econômico global e a influência de fatores como a política monetária dos bancos centrais e os dados econômicos de cada região.
Em resumo, a sessão no mercado acionário brasileiro foi marcada por incertezas e volatilidade, refletindo a complexidade do cenário econômico global e a influência de fatores internos e externos. A cautela dos investidores e a baixa liquidez do mercado contribuíram para a estabilidade do Ibovespa, enquanto o desempenho das bolsas asiáticas e europeias demonstrou a diversidade do cenário econômico mundial.
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