Ibovespa estagnou em 157,63, influenciado por Petrobras e minério de ferro. Índice encerrou sequência de 15 dias de alta. Câmbio em alta, Banco Central cauteloso
O Ibovespa apresentou uma performance cautelosa nesta quarta-feira (12), fechando praticamente estável em 157.632,90 pontos. A variação de apenas 0,07% reflete a influência de fatores como o recuo da Petrobras, acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional, e o suporte oferecido pelo aumento dos futuros de minério de ferro na China.
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O indicador brasileiro registrou uma máxima de 158.133,83 pontos e uma mínima de 156.559,71 ao longo do dia, com um volume financeiro de R$29 bilhões. A sessão também foi marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa, adicionando complexidade à dinâmica do mercado.
O fechamento deste dia encerrou uma sequência de 15 dias consecutivos de alta no Ibovespa, a maior em mais de 30 anos. Durante esse período, o índice valorizou-se 9,48%, ampliando o ganho no ano para 31,15%. A performance robusta demonstra um otimismo crescente no mercado brasileiro.
Após cinco quedas consecutivas, o dólar interbancário fechou em alta de 0,35%, a R$ 5,2932 na venda. A alta ocorreu em um cenário sem gatilhos fortes para o mercado de câmbio, com a expectativa de reabertura do governo nos Estados Unidos influenciando a dinâmica.
O Banco Central, por meio do presidente Gabriel Galípolo, adotou uma postura cautelosa, reiterando que não há sinais sobre as futuras decisões de política monetária, dependendo de dados para orientar suas ações. Galípolo enfatizou que a instituição não dará margem a interpretações equivocadas sobre seu mandato, que é perseguir a meta de inflação.
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Galípolo destacou que a progressão dos dados de inflação em direção à meta de 3% tem sido lenta e gradual, o que representa um desafio para a autoridade monetária. Apesar da postura cautelosa, os comentários não justificaram movimentos mais intensos no câmbio ou no mercado de DIs.
Galípolo ressaltou que o Banco Central atuará no mercado de câmbio apenas em momentos de disfuncionalidade.
Em relação à diversificação das reservas brasileiras, Galípolo questionou o interesse de alguns países na internacionalização de suas moedas, considerando difícil “contornar ativos americanos” e a perda de controle da taxa de câmbio que essa situação pode implicar.
Ele enfatizou que a função do Banco Central é adotar uma “lógica defensiva” na administração das reservas.
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