Ibovespa despenca 4,31% em 2026 com incertezas eleitorais e apoio a Tarcísio Freitas. Lula sob pressão e volatilidade no mercado acionário.
Uma forte queda no Ibovespa na sexta-feira, 5, gerou preocupação sobre o comportamento dos ativos brasileiros em 2026, um ano marcado por eleições presidenciais. O índice sofreu uma descida de 4,31%, fechando aos 157.369 pontos após uma manhã que havia mostrado um patamar inédito de 165 mil pontos.
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O dólar também apresentou uma reação imediata. O principal fator por trás dessa virada foi a declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro, que apoiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), consolidando uma aliança da direita.
Analistas consideram a reação do mercado como o primeiro sinal de volatilidade para o ano de 2026. A expectativa de aumento da volatilidade em anos eleitorais se confirmou. A fragmentação da direita, com a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, é vista como um elemento que reduz a chance de um nome mais moderado se destacar e aumenta a probabilidade de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O movimento causou um impacto significativo no Ibovespa, com 77 das 82 ações que compõem a principal referência acionária do Brasil apresentando quedas. Apenas algumas empresas, como Weg (WEGE3), Klabin (KLBN11), Suzano (SUZB3) e Braskem (BRKM5), registraram ganhos.
O setor bancário foi o mais afetado, com o Itaú (ITUB4) liderando as perdas, seguido pela Petrobras (PETR3 e PETR4).
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Analistas como Felipe Sant’Anna, da Axia Investing, destacaram que a fragmentação da direita e a incerteza política adicionam pressão sobre a questão fiscal, que já é uma preocupação central para o mercado. Flávio Conde, da Levante Investimentos, avaliou que a escolha de Flávio Bolsonaro tem o potencial de dividir votos e afastar eleitores indecisos, conforme indicado por pesquisas de opinião.
A instabilidade do mercado acionário, impulsionada por fatores políticos, demonstra a sensibilidade dos investidores brasileiros à incerteza eleitoral. A situação exige acompanhamento atento, considerando que a fragmentação do cenário político pode influenciar diretamente os preços dos ativos.
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