Ibovespa cai aos 142 mil pontos com Fiscal em discussão; dólar resiste em R$ 5,30

Bolsa brasileira registra queda acentuada, enquanto dólar se mantém estável em R$ 5,30 e afeta o mercado financeiro.

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(Imagem de reprodução da internet).

Ibovespa Descolado do Exterior e Foco em Assuntos Fiscais

O Ibovespa operava de forma independente do desempenho dos mercados internacionais no início do dia, com um recuo de 0,87% às 10h36 (horário de Brasília), que atingiu os 142.356 pontos. A queda acompanhou um desempenho anterior da véspera, com uma redução de 0,41%, fechando aos 143.608 pontos. Essa dinâmica refletia o foco dos investidores em notícias locais, especialmente em relação a questões fiscais em Brasília.

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Paralelamente, o dólar apresentava um aumento de 0,34%, cotado a R$ 5,329. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança de que a Medida Provisória 1303, relacionada ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), não perderia validade, dada a necessidade de votação no Congresso. Haddad ressaltou a importância de uma aprovação em emendas, evitando surpresas.

O Ministério da Fazenda também estava analisando o sistema de transporte público, buscando a viabilidade da implementação da Tarifa Zero, conforme solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dados sobre o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que avançou 0,36% em setembro, impulsionado principalmente pelas commodities como café, milho e carne bovina. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o reajuste do bônus de Itaipu contribuiu para o aumento dos preços.

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Além disso, o setor da construção observou desaceleração nos custos, com redução nos materiais, serviços e mão de obra. Matheus Dias, economista do FGV IBRE, destacou a influência da inflação no produtor e o papel do bônus de Itaipu no IPC. O mercado americano continuava em impasse com a paralisação do governo, com expectativas sobre discursos do Federal Reserve e da presidente do Banco Central Europeu. O governo brasileiro tentava votar a Medida Provisória do IOF, que gerava R$ 20 bilhões em arrecadação. A conversa entre Lula e Trump reacendeu expectativas de revisão tarifária. Investidores aguardavam o anúncio da Tesla sobre uma versão mais acessível do Model Y, e a Dell realizaria um encontro com analistas sobre a demanda por servidores de inteligência artificial.

Cenário Internacional e Expectativas

Nos mercados internacionais, o índice japonês Nikkei 225 atingiu um recorde em Tóquio, mas fechou praticamente estável, influenciado pela volatilidade das ações de tecnologia após o acordo entre AMD e OpenAI. O índice Topix também apresentou alta marginal, enquanto os mercados da China, Hong Kong e Coreia do Sul permaneceram fechados devido a feriados. Na Europa, as bolsas operavam em leve alta, com o Stoxx 600 subindo 0,12% e o CAC 40 avançando 0,19% em Paris, o DAX ganhando 0,24% em Frankfurt e o FTSE 100 com alta marginal em Londres. A crise política na França, com a renúncia do primeiro-ministro Sebastien Lecornu, ainda impactava o mercado, embora ações de luxo e alguns bancos mostrassem recuperação parcial.

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Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street registravam ganhos moderados, com avanços no Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100.

Conclusão

O mercado acionário brasileiro mantinha-se atento às notícias internas e externas, com foco em questões fiscais e no cenário econômico global. A dinâmica dos mercados internacionais, incluindo o desempenho das ações de tecnologia e a crise política na França, influenciava as expectativas dos investidores. A análise do sistema de transporte público e o anúncio da Tesla sobre uma nova versão do Model Y, além do encontro da Dell com analistas, adicionavam outros elementos ao cenário de negociação.

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