Em 2024, Brasil registrou 2,38 milhões de nascimentos, queda de 5,8% em relação a 2023. A tendência de queda é de seis anos, com maior redução em 20 anos. Dados do IBGE apontam para menor fecundidade, confirmada pelo Censo 2022
Em 2024, o Brasil registrou 2,38 milhões de nascimentos, um número que representa uma diminuição de 5,8% em comparação com os 2,52 milhões de nascimentos de 2023. Essa queda marca uma sequência de seis anos consecutivos com redução no número de nascimentos, evidenciando uma tendência preocupante.
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Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam para um aprofundamento desse comportamento, com uma redução de 5,8%, a maior em 20 anos, superando a marca de -5,1% de 2015 para 2016.
A gerente da pesquisa, Klivia Brayner, destaca que a diminuição no número de nascimentos é um fenômeno já reconhecido, confirmando a tendência apontada pelo Censo 2022, que revelou que as mulheres estão tendo cada vez menos filhos, refletindo a queda da fecundidade.
A demógrafa Cintia Simoes Agostinho complementa, ressaltando que, além de fatores culturais, a queda no número de nascimentos acompanha a demografia da população brasileira, que tem se envelhecido, e que a análise se concentra nas mulheres em idade reprodutiva, entre 15 e 49 anos.
Os dados do IBGE revelam médias mensais de 198 mil nascimentos por mês, 6,6 mil por dia, 275 por hora e 4,5 crianças a cada minuto. Com informações de mais de 8 mil cartórios de Registro Civil, março se destaca como o mês com maior número de nascimentos (215,5 mil), seguido por Maio (214,5 mil) e Abril (214,1 mil).
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Janeiro também se destaca com 201,7 mil nascimentos. Os meses com menor número de nascimentos são novembro (180,2 mil) e dezembro (183,4 mil).
A análise dos dados revela que, em 2024, houve um ligeiro excesso de nascidos do sexo masculino, com 105 nascidos do sexo masculino para cada 100 nascidos do sexo feminino. Além disso, os registros mostram que as mulheres estão tendo filhos mais velhas, com uma proporção de 34,6% de mães com até 24 anos, em comparação com 51,7% em 2004.
As diferenças regionais são notáveis, com o Norte liderando em mães com até 19 anos e o Distrito Federal e o Sul se destacando em mães com mais de 30 anos.
Adicionalmente, o IBGE identificou 65,8 mil nascimentos de anos anteriores, registrados apenas em 2024, em conformidade com a Lei 6.015/1973, que determina o prazo de 15 dias para o registro, podendo ser estendido a até três meses em locais distantes.
A maioria dos registros (88,5%) foi feita dentro dos 15 dias, enquanto quase todos (98,9%) em até 90 dias. O Marco Legal da Primeira Infância, instituído em 2016, exige a interligação dos estabelecimentos de saúde com os cartórios. A pesquisa também aponta que pouco mais de um terço (34,3%) dos nascimentos ocorreram em hospitais ou unidades de saúde em municípios diferentes da residência da mãe, com destaque para Sergipe (60,3%) e Pernambuco (58,8%).
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