IBGE divulga projeção de PIB para 3º trimestre; expectativa de desaceleração aponta para ajuste nos mercados.
Na quinta-feira, 4 de dezembro, o mercado financeiro aguarda a divulgação da variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro referente ao terceiro trimestre. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fará o anúncio durante a manhã, com foco na expectativa de desaceleração do ritmo de atividade econômica.
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A mediana das projeções indica um crescimento de 0,2% entre julho e setembro, em comparação com o trimestre anterior. Esse resultado representaria uma retração em relação ao avanço de 0,4% registrado no segundo trimestre e ao crescimento de 1,3% observado no primeiro trimestre do ano.
As estimativas de crescimento para o terceiro trimestre variam significativamente, abrangendo uma retração de 0,5% a um crescimento de 1,4%. Essa amplitude de projeções reflete a incerteza em relação à dinâmica da economia, considerando a desaceleração da indústria e a menor força do setor de serviços.
As projeções para o crescimento acumulado em 12 meses também apresentam dispersão, variando de 0,3% a 3,2%. Um resultado mais robusto do que o esperado poderia impulsionar a confiança dos investidores, sustentando a valorização da Bolsa de Valores e, simultaneamente, freando a queda do dólar, devido à sinalização de resiliência da economia doméstica.
Por outro lado, um número abaixo do esperado ou que confirme a desaceleração pode gerar cautela, reduzindo o apetite por risco e provocando ajustes tanto na bolsa quanto no mercado de câmbio.
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O movimento de alta na Bolsa de Valores e a queda do dólar foram, em parte, sustentados por fatores externos. Nos Estados Unidos, dados fracos de emprego no setor privado reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve (FED) realizará cortes de juros na reunião de dezembro, indicando um afrouxamento mais rápido da política monetária americana.
Esse cenário tende a favorecer moedas de economias emergentes e bolsas como a brasileira, demonstrando a influência de políticas monetárias globais nos mercados financeiros.
O fechamento da semana, com o dólar em queda (0,31%) e o Ibovespa em alta (0,41%), refletiu o movimento global de valorização de ativos de risco, antecipando cortes de juros pelo Federal Reserve. O Ibovespa foi impulsionado por papéis de empresas ligadas a commodities e ao consumo.
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