Marie Owens Thomsen, vice-presidente da Iata, alerta para a escassez de créditos de carbono que ameaça o setor aéreo global. A projeção é de déficit de 150 milhões de toneladas em 2026
Título: Crise de Créditos de Carbono Ameaça o Setor Aéreo Global, Aponta Especialista da Iata
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Por: [Nome do Jornalista/Agência de Notícias]
Data: 11 de Janeiro de 2026
Rio de Janeiro – A escassez aguda de créditos de carbono para empresas aéreas está gerando preocupação no setor, segundo Marie Owens Thomsen, vice-presidente de Sustentabilidade da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo). Em entrevista exclusiva ao Poder360, realizada na quarta-feira (10), Thomsen alertou para a urgência de medidas para garantir o cumprimento das metas de redução de emissões, que se tornam obrigatórias a partir de 2027.
Falta de Oferta e Projeções Alarmantes
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Thomsen, também economista-chefe da Iata, destacou que, em 2026, as companhias aéreas precisarão de 200 milhões de toneladas equivalentes de CO2 em créditos de carbono para compensar emissões. No entanto, atualmente, a oferta é de apenas 50 milhões de toneladas, representando um déficit de 150 milhões de toneladas.
“As projeções indicam um crescimento do tráfego aéreo acima de 80% em relação a 2019. Isso significa que a demanda por créditos de carbono aumentará exponencialmente”, explicou Thomsen.
Impactos e Perspectivas
A especialista ressaltou que a falta de créditos de carbono pode ter um impacto significativo no setor aéreo, afetando a capacidade das companhias de operar e cumprir suas metas de sustentabilidade.
“Se não conseguirmos aumentar a oferta de créditos de carbono, o setor aéreo enfrentará desafios significativos”, alertou.
Recomendações e Desafios
Thomsen defende que os países, especialmente aqueles com potencial para gerar créditos de carbono, devem assumir a responsabilidade por fornecer esses créditos. Ela também sugere que o Brasil, com sua capacidade de desenvolvimento e potencial para projetos de energia renovável, pode desempenhar um papel fundamental nesse processo.
“O Brasil pode ser o primeiro país com emissões líquidas negativas de carbono no mundo, se implementarmos as estratégias certas”, afirmou.
Análise Crítica e Perspectivas Futuras
A entrevista revelou uma visão crítica do cenário atual, com Thomsen questionando a falta de ação dos governos e a incoerência das políticas. Ela comparou o setor aéreo com a indústria do petróleo, destacando que, embora a transição energética seja um objetivo global, os investimentos em combustíveis fóssese ainda são predominantes.
“Não estamos reduzindo nenhuma emissão de CO2. Se não conseguirmos aumentar a oferta de créditos de carbono, o setor aéreo enfrentará desafios significativos”, enfatizou.
Thomsen também apontou para a importância de modelos de desenvolvimento como o do Oriente Médio, que, apesar de suas características, podem oferecer lições valiosas sobre como promover o crescimento econômico de forma sustentável.
Conclusão
A fala de Marie Owens Thomsen ressalta a urgência de uma ação coordenada entre governos, empresas e a sociedade para garantir o futuro do setor aéreo, que enfrenta um desafio crucial: a escassez de créditos de carbono. A especialista acredita que, com o apoio do Brasil e a implementação de estratégias inovadoras, o setor pode superar essa crise e contribuir para um futuro mais sustentável.
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