IA supera e-mails: como a inteligência artificial resolve bugs com mais eficiência
IA apresenta evolução desigual: áreas com testes diretos, como codificação, avançam rapidamente, enquanto áreas subjetivas mostram lentidão no progresso.

A Disparidade no Progresso da Inteligência Artificial
O avanço da Inteligência Artificial (IA) não apresenta um ritmo uniforme em todas as suas aplicações. Enquanto softwares de codificação experimentam um desenvolvimento acelerado, impulsionado por modelos como GPT-5, Gemini 2.5 e Sonnet 4.5, outras funções, como a redação de e-mails, mostram ganhos menos expressivos. Essa diferença de ritmo é atribuída ao que especialistas denominam de “Gap de Reforço”.
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O Aprendizado por Reforço (RL) é o principal motor do progresso da IA nos últimos meses. Esse método se destaca ao permitir que a IA seja testada em larga escala, repetidamente, sem a necessidade de intervenção humana constante. Ele funciona melhor em tarefas que possuem critérios claros de aprovação ou falha.
Como resultado, habilidades associadas ao RL, como a correção de erros em código e a resolução de problemas matemáticos, evoluem de forma mais rápida. Por outro lado, habilidades que envolvem aspectos subjetivos, como a elaboração de um e-mail eficaz ou a oferta de respostas úteis em um chatbot genérico, são difíceis de mensurar em larga escala e, portanto, avançam mais lentamente.
A codificação se beneficia significativamente do RL. Mesmo antes da IA, os desenvolvedores já utilizavam testes sistemáticos – testes de unidade, de integração e de segurança – para validar seu código. Conforme um diretor sênior de ferramentas de desenvolvimento do Google afirmou, esses testes são facilmente repetíveis e se tornam ferramentas essenciais para validar e reforçar o aprendizado de códigos gerados por IA.
Embora a validação da qualidade de um relatório financeiro ou de um texto seja um processo subjetivo, nem todas as tarefas se encaixam perfeitamente nas categorias “fácil de testar” ou “difícil de testar”. Um exemplo notável é a geração de vídeos por IA. O modelo Sora 2 da OpenAI demonstrou progresso em fotorrealismo, respeitando as leis da física e mantendo a consistência de rostos e objetos – características que antes pareciam difíceis de testar. Isso sugere que a OpenAI criou um sistema robusto de RL para validar discretamente essas qualidades.
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Com o RL permanecendo a principal ferramenta de desenvolvimento, o Gap de Reforço continuará a crescer, com implicações significativas para startups e para a economia. Processos que se mostrem suscetíveis ao treinamento por RL provavelmente serão automatizados com sucesso por startups, o que pode exigir que profissionais que executam essas tarefas busquem novas carreiras. A aplicação do RL em setores como a saúde terá um impacto considerável na estrutura econômica nas próximas duas décadas.