IA impacta 11,7% do mercado de trabalho nos EUA, com US$ 1,2 trilhão em salários em risco. Estudo do MIT e ORNL aponta riscos em finanças, saúde e serviços.
Um estudo recente, divulgado em 26 de abril, aponta que sistemas de inteligência artificial já executam tarefas equivalentes a 11,7% do mercado de trabalho dos Estados Unidos. A estimativa de impacto financeiro é de US$ 1,2 trilhão em salários, com maior concentração em setores como finanças, saúde e serviços profissionais.
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A análise foi conduzida utilizando o Iceberg Index, uma ferramenta desenvolvida conjuntamente pelo MIT e pelo Oak Ridge National Laboratory (ORNL).
O índice simula a interação de 151 milhões de trabalhadores, considerando habilidades e ocupações, além de medir como a inteligência artificial e políticas públicas influenciam o mercado de trabalho. Cada trabalhador é modelado como um agente individual, com atribuição de tarefas, habilidades, profissão e localização geográfica.
A plataforma mapeia mais de 32.000 habilidades, distribuídas em 923 ocupações e abrangendo três mil condados.
A pesquisa identificou duas camadas de risco associadas à automação impulsionada pela IA. A primeira, mais evidente, está relacionada a demissões e mudanças em setores como tecnologia e informática, representando 2,2% da exposição salarial, ou cerca de US$ 211 bilhões.
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A maior parte do impacto se concentra em funções repetitivas de recursos humanos, logística, finanças e administração.
O Iceberg Index não tem o objetivo de prever datas ou setores específicos de perda de empregos. Sua proposta é oferecer uma análise focada em habilidades, indicando o que a IA já realiza atualmente, permitindo simulações de cenários antes de investimentos públicos.
Estados como Tennessee, Carolina do Norte e Utah participaram da validação do índice com dados locais.
A plataforma é utilizada para testar políticas de requalificação e adoção tecnológica. Prasanna Balaprakash, do ORNL, descreve o sistema como um “gêmeo digital” do mercado de trabalho americano, demonstrando mudanças em tarefas e fluxos de trabalho antes de se manifestarem na economia real.
O estudo aponta que setores com alta dependência de trabalho físico, como manufatura, transporte e parte da saúde, apresentam uma proteção relativa à automação digital direta. A discussão central é sobre a integração de IA e robótica para ampliar a produtividade sem reduzir as bases de emprego.
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