IA transforma contratação nos EUA: SHRM aponta alta adoção em 2025. ChatGPT auxilia busca por emprego, mas eficácia é questionada. ACLU entra com ação judicial
O mercado de trabalho americano está passando por uma mudança significativa, impulsionada pela crescente utilização de inteligência artificial (IA) nos processos de recrutamento. Mais da metade das organizações pesquisadas pela Society for Human Resource Management (SHRM) já utilizam IA para contratar funcionários em 2025.
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Paralelamente, um terço dos usuários do ChatGPT recorreu ao chatbot da OpenAI para auxiliar na busca por emprego. No entanto, estudos recentes revelam que a eficácia dessas ferramentas na contratação está sendo questionada, com empresas enfrentando um volume crescente de currículos e dificuldades na seleção dos melhores candidatos.
A introdução de ferramentas como o ChatGPT em 2022, juntamente com a popularização das entrevistas conduzidas por IA, tem gerado preocupações sobre a qualidade do processo de contratação. Pesquisas indicam que as empresas estão tendo dificuldades em distinguir candidatos qualificados daqueles menos preparados, o que tem levado a uma queda nas taxas de contratação e na média salarial inicial.
Especialistas alertam que, sem medidas para otimizar o fluxo de informações entre trabalhadores e empresas, o resultado pode ser negativo.
A automação do processo de contratação também levanta questões éticas e de viés. Algoritmos podem copiar e amplificar preconceitos humanos, e a utilização de critérios arbitrários, como nomes, códigos postais ou a frequência com que um candidato sorri, pode levar à discriminação.
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A crescente demanda por profissionais com habilidades para interagir com sistemas de IA também representa um desafio para muitos candidatos.
Diante desses desafios, legisladores estaduais, grupos trabalhistas e trabalhadores individuais têm reagido, buscando regulamentar o uso da IA em processos de contratação. Estados como Califórnia, Colorado e Illinois estão promulgando leis para criar padrões de uso da tecnologia, enquanto processos judiciais já estão sendo movidos, como um caso apoiado pela ACLU envolvendo uma mulher surda que alega que uma entrevista automatizada não atendia aos padrões de acessibilidade exigidos por lei.
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