Inteligência artificial revela ritmo do envelhecimento humano a partir de marcadores do sangue, segundo cientistas.
Uma equipe internacional de pesquisadores, incluindo cientistas da Austrália, China e Bangladesh, apresentou um novo modelo de inteligência artificial capaz de estimar a idade biológica humana com alta precisão, utilizando dados de sangue. O estudo, publicado na revista Engineering, representa um avanço significativo na compreensão do processo de envelhecimento.
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A idade cronológica é definida pelo número de anos completos desde o nascimento. No entanto, a idade biológica representa o estado real do organismo, que pode ser influenciado por fatores como alimentação, níveis de estresse, qualidade do sono, condições de saúde e exposição a poluentes ambientais. Duas pessoas com a mesma idade cronológica podem apresentar diferenças significativas em seus níveis de envelhecimento.
Para medir essa diferença de forma precisa, os pesquisadores desenvolveram o gtAge, um novo tipo de “relógio biológico” que combina informações genéticas e moleculares presentes no sangue. O modelo utiliza duas camadas de dados: moléculas de açúcar ligadas a anticorpos, que refletem o estado do sistema imunológico, e o transcriptoma, que é o conjunto de genes ativos no sangue.
Os dados foram integrados por um sistema de aprendizado de máquina chamado Deep Reinforcement Learning. Essa técnica de IA aprende por meio de tentativa e erro, identificando as combinações mais precisas entre os dados. O resultado foi um modelo capaz de explicar mais de 85% da variação na idade real das pessoas, superando a precisão dos métodos existentes.
O gtAge tem o potencial de se tornar uma ferramenta para monitorar o envelhecimento e avaliar os efeitos de mudanças no estilo de vida, medicamentos ou terapias antienvelhecimento. A combinação de genética e imunologia oferece uma compreensão mais profunda de como o sistema imune influencia o processo de envelhecimento. Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores ressaltam que o estudo inicial foi realizado com um grupo de cerca de 300 voluntários de meia-idade e o próximo passo é validar o modelo em populações maiores e mais diversas.
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