64% da população já testou IA generativa, mas apenas 6% a utiliza com frequência para se manter informado. Leia agora no Poder360.
O uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa está em rápida expansão. Em um ano, o percentual de pessoas que já utilizaram modelos de IA aumentou de 40% para 61%. Paralelamente, o número de indivíduos que usam essas ferramentas semanalmente subiu de 18% para 34% no mesmo período.
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Um estudo do Reuters Institute, divulgado em 7 de outubro de 2025 (PDF – 5 MB), realizado com 12.565 pessoas em seis países (Argentina, Dinamarca, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido), revelou uma mudança significativa no uso das ferramentas de IA. O percentual de usuários que buscam informações em geral subiu de 11% para 24% em um ano, ultrapassando o percentual de 21% que utiliza essas ferramentas para criação de mídia (imagens, texto, vídeo e áudio) ou de código de programação.
Dentro desse grupo que busca informações, 6% utilizam a IA para obter notícias. Esse número dobrou em um ano, impulsionado principalmente pelo Japão e Argentina. No entanto, os percentuais permaneceram relativamente estáveis nos demais países.
A pequena dimensão desse grupo de usuários se deve, em grande parte, às limitações das próprias ferramentas. Mesmo os modelos mais avançados ainda apresentam um volume considerável de “alucinações” – respostas sem sentido – em relação a fatos recentes ou específicos. Contudo, a tendência é de que as ferramentas se tornem cada vez mais precisas e com menor índice de erro.
A busca por eventos mais recentes é a principal tarefa solicitada aos 6% que utilizam a IA para notícias. Essa constatação representa um desafio para as empresas de jornalismo, que já enfrentam os efeitos da apropriação de conteúdos por ferramentas de IA, com consequente redução no tráfego e receita proveniente dos acessos a seus sites.
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Apesar dos desafios, a pesquisa também aponta um caminho para que empresas de jornalismo incorporem ferramentas de IA, valorizando os conteúdos que produzem. Muitas das tarefas listadas demonstram o interesse das pessoas em interagir e explorar as notícias além da simples informação publicada, como fazer perguntas complementares, resumir o que leram, pedir para tornar o texto mais compreensível ou transformar o texto em outros formatos de mídia.
A questão que permanece é se as empresas de mídia serão capazes de fornecer ferramentas especializadas em realizar essas tarefas de forma mais eficiente do que as grandes empresas de tecnologia. A velocidade de adesão aos modelos de IA disponíveis no mercado indica que elas estão em desvantagem nessa disputa.
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