Hytalo detalha versão no caso de exploração de menores. Youtuber Felca divulgou vídeos com acusações de abuso e tráfico humano. Ministério Público investiga.
Durante uma audiência de instrução, o influenciador digital, Hytalo, apresentou sua versão dos fatos em relação às acusações de exploração e exposição de menores de idade nas redes sociais. O caso, que ganhou notoriedade após a publicação de vídeos pela youtuber Felca, acumulando 51,2 milhões de visualizações, envolve suspeitas de abuso sexual e tráfico humano, investigadas pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho.
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Hytalo afirmou que as gravações eram da “rotina com a cultura de periferia”, especificamente do ritmo de brega funk produzido em Recife e João Pessoa. Ele enfatizou que, para ele e sua equipe, as coreografias e roupas eram vistas sob uma perspectiva artística, e não com intenção de sexualização.
Ele declarou sentir-se “constrangido” por ter dedicado esforços a esses jovens e que a situação o “prejudica”.
O influenciador detalhou as relações com Kamylinha Silva, adolescente que aparece em seus vídeos desde os 12 anos, descrevendo-a como uma “relação de pai e filha”. Ele também mencionou a presença de quatro adolescentes na casa onde morava, acompanhados pelos pais, afirmando que os pais faziam parte da criação e que os adolescentes “amavam a dança”.
Israel Nata Vicente, marido de Hytalo, reforçou que a vida na casa era “familiar” e que Kamylinha, Hytalo e os outros adolescentes tinham uma relação de “amor”.
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Hytalo confirmou ter pago pela cirurgia de prótese de silicone nos seios da adolescente, que tinha 16 anos e era emancipada, e que assinou a autorização para o procedimento. Ele negou receber dinheiro das redes sociais onde os vídeos eram exibidos, declarando que sua renda variava entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, obtida por meio de publicidade.
Ele também mencionou que os vídeos alcançavam de 20.000 a 30.000 comentários e de 1,2 milhão a 1,7 milhão de curtidas, com seus stories no Instagram atingindo de 4 a 5 milhões de espectadores simultâneos.
O caso gerou reações legislativas, culminando na aprovação de uma lei pelo presidente do PT, que cria um ECA digital, com medidas de proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. O objetivo é prevenir a exposição precoce a violência, bullying, vícios e publicidade predatória.
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