Hyago Ravel Rodrigues Rosário, 19 anos, teve a cabeça encontrada na Serra da Misericórdia após operação policial em 28/10/2025. Investigações sobre possível fraude e vilipêndio
Familiares da vítima, Hyago Ravel Rodrigues Rosário, 19 anos, relataram que a cabeça do jovem foi encontrada pendurada em uma árvore na Serra da Misericórdia, local associado à operação policial denominada “Contenção”, realizada nos complexos da Penha e do Alemão em 28 de outubro de 2025.
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O corpo foi descoberto por moradores na madrugada de 29 de outubro, após a megaoperação que resultou em 120 mortes.
A Polícia Civil informou que investigações estão em andamento para apurar os fatos. Exames periciais indicaram que a decapitação ocorreu após a morte de Hyago Ravel Rodrigues Rosário. Em comunicado ao Estadão, a corporação declarou que a análise dos peritos apontou para a ocorrência da lesão após a morte, corroborando a investigação sobre possível fraude processual e vilipêndio de cadáver, instaurada na 22ª DP (Penha).
A guia de sepultamento, obtida pelo Estadão, detalha as lesões sofridas por Hyago Ravel Rodrigues Rosário, incluindo “lesão medular cervical, lesão dos vasos do pescoço, lesão do pulmão direito, fígado e estômago, seção da coluna lombar com lesão medular, ação perfuro contundente”.
A família compareceu ao IML (Instituto Médico Legal) três vezes, mas não conseguiu acesso, sendo informado de que as digitais do jovem já haviam sido coletadas e sua identidade confirmada.
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Hyago Ravel Rodrigues Rosário havia ingressado no CV (Comando Vermelho) há dois meses. Familiares relataram que ele estava “deslumbrado por uma vida que quem é da periferia vê”. A operação policial, considerada a já registrada no Brasil, foi direcionada contra integrantes do CV e classificada pelo governador do Estado (PL-RJ) como um “sucesso”, com o conflito sendo considerado restrito a áreas de mata para minimizar o impacto na população.
A Defensoria Pública do Rio solicitou à Ouvidoria-Geral da PM (Polícia Militar) as gravações das câmeras corporais dos agentes, devido à perda de parte das gravações durante a operação que durou mais de 12 horas. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, anunciou investigação envolvendo moradores que participaram da ação.
A operação policial é considerada a já registrada no Brasil.
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