Estudo da Universidade de Cambridge revela que humanos têm 66% de irmãos completos, em 7º lugar entre 35 espécies analisadas. Pesquisa inédita compara comportamento reprodutivo humano com animais
Um estudo conduzido pela Universidade de Cambridge apresentou dados surpreendentes sobre o comportamento reprodutivo humano em comparação com diversas espécies animais. A pesquisa se concentrou na análise da proporção de irmãos completos – filhos provenientes do mesmo casal – para avaliar o grau de monogamia em diferentes espécies.
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Os pesquisadores utilizaram informações genéticas e dados demográficos para examinar a frequência de irmãos completos. Essa análise permitiu estimar o nível de monogamia em humanos e em outras espécies animais, fornecendo uma perspectiva única sobre o comportamento reprodutivo.
O estudo revelou que os humanos alcançaram uma taxa média de 66% de irmãos completos, posicionando-nos em sétima posição entre 35 espécies analisadas. Essa taxa supera a de suricatos e gibões, mas fica abaixo de espécies altamente monogâmicas como castores.
A pesquisa destacou a diversidade nas taxas de irmãos completos entre diferentes sociedades humanas. Em algumas comunidades, essa taxa pode chegar a quase 100%, enquanto em outras, pode cair para cerca de 26%. Mesmo a menor taxa observada em humanos excede os níveis de monogamia de muitas espécies não-monogâmicas.
O estudo também comparou os resultados com primatas próximos, como chimpanzés e gorilas, que exibem níveis muito baixos de monogamia genética, com índices de irmãos completos em torno de 4% a 6%. Essa comparação reforça a importância da monogamia na evolução humana.
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Os pesquisadores acreditam que os resultados sugerem que a monogamia pode ter desempenhado um papel crucial na evolução de sociedades cooperativas entre humanos. A combinação de laços de longo prazo com alto investimento parental, viável apenas em regimes monogâmicos ou quase-monogâmicos, poderia ter proporcionado uma vantagem adaptativa à nossa espécie.
Os autores ressaltam que “monogamia” não implica fidelidade absoluta, mesmo em espécies consideradas monogâmicas. A medida utilizada é a predominância de irmãos completos, e não a exclusividade sexual garantida. O estudo reacende um debate sobre a influência da biologia e dos fatores sociais e culturais nos nossos padrões de relacionamento.
As 12 espécies com as maiores taxas de irmãos completos, de acordo com o estudo, são:
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