PL Antifacção: Motta Garante que PF Não Será Enfrentada

Após controvérsias sobre as alterações propostas ao Projeto de Lei Antifacção, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), assegurou que as modificações sugeridas pelo relator, Guilherme Derrite, não comprometerão a atuação da Polícia Federal (PF) no combate ao crime organizado.

A declaração foi feita em coletiva de imprensa, na terça-feira, 11, após a manifestação da PF, que alertou para possíveis restrições ao papel da corporação.

Motta enfatizou que a Câmara não permitirá que discussões internas afetem a soberania nacional e o poder da PF. Ele reforçou o compromisso com o combate ao crime organizado, comunicando ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e às lideranças do governo na Câmara.

A Polícia Federal teme que as mudanças no relatório possam limitar sua atuação.

O presidente da Câmara destacou a importância do diálogo para solucionar os problemas de segurança pública, citando a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, em outubro, que resultou em 121 mortes. Ele ressaltou a urgência do tema e a necessidade de construir convergência entre os diferentes setores da Casa.

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Motta informou que a votação do PL antifacção poderá ocorrer na próxima quarta-feira, 12 de novembro. Ele espera concluir o diálogo com as lideranças da Câmara e, se possível, realizar a votação naquele dia. A decisão segue uma reunião entre parlamentares, motivada pela falta de consenso sobre o conteúdo do relatório.

Há divergências entre diferentes setores da Casa, incluindo posições contrárias à versão atual do texto.