Hugo Motta critica Projeto de Lei Antifacção, argumentando que enfraquece combate ao crime organizado. Presidente da Câmara se manifesta em redes sociais
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), respondeu a críticas direcionadas ao Projeto de Lei Antifacção, aprovado pela Câmara. Motta argumentou que a proposta “enfraquece o combate ao crime organizado e gera insegurança jurídica”, sem mencionar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Em menos de duas horas após a manifestação, Motta reiterou sua posição nas redes sociais, afirmando que “não se pode desinformar a população, que é alvo diariamente do crime, com inverdades”. O presidente da Câmara já havia expressado descontentamento com as ações do governo.
Motta classificou como “muito grave que se tente distorcer os efeitos” do projeto, ressaltando que “não se enfrenta ‘a violência das ruas com falsas narrativas’”. Ele enfatizou a necessidade de “estar unidos” para combater a criminalidade, criticando a escolha do governo por “optar pelo caminho errado” ao não promover a união.
“Precisamos estar unidos neste momento. O governo optou pelo caminho errado ao não compor essa corrente de união para combater a criminalidade. Repito: segurança não pode ser refém de falsas narrativas”, declarou Motta.
A manifestação de Motta evidencia o desentendimento na relação com Lula, que demonstrou insatisfação com o andamento da proposta, especialmente devido à indicação do deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) como relator.
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Lula teria ligado para Motta para expor sua insatisfação, mas o presidente da Câmara manteve sua posição, e os pareceres de Derrite ampliaram o desgaste da relação. A situação representa uma fissura significativa na relação entre os dois líderes.
Segundo informações da Exame, obtidas com integrantes do Palácio do Planalto, a avaliação do governo é que houve uma quebra de confiança devido à escolha de Derrite, que é auxiliar do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com potencial para ser candidato contra Lula em 2026.
Apesar do desentendimento, fontes da Exame relatam a habilidade de Lula em evitar confrontos abertos para não prejudicar a agenda do governo na Câmara. Preveem-se mudanças na relação entre os dois, que podem impactar futuras negociações.
Parlamentares ligados a Motta afirmam que o Executivo necessita mais da Câmara do que o contrário. Além disso, consideram natural a aprovação de um texto sobre segurança pública, área em que a direita costuma ter vantagem nos debates e apoio da oposição.
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